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27/03/2011 - 12h04
Oportunidade para trabalhar em navios
 
 
Em contrapartida, o mercado carece de profissionais qualificados para acompanhar a crescente demanda. Principal motivo: o inglês

Viagens em cruzeiros cresceram mais de 600% em dez anos, de acordo com a Associação Brasileira de Cruzeiros Marítimos (Abremar). Deste modo, houve uma expansão no mercado de trabalho para brasileiros em alto mar, pois além do aumento da demanda em território nacional, segundo a Resolução Normativa 71 (2006), as embarcações estrangeiras que atracarem no Brasil devem contar com, no mínimo, 25% de tripulantes brasileiros. Porém, nesta área, empregamos muito pouco de nossa força de trabalho, apenas 2%, enquanto na França, por exemplo, o número é de 25%.

A demanda cresce, mas o mercado carece de profissionais com os requisitos básicos para embarcar nessa oportunidade rentável. De acordo com Silvia Corrêa, diretora Acadêmica da Alumni, centro Binacional Brasil/Estados Unidos, é justamente por não falarem inglês bem que muitos candidatos não conseguem o emprego almejado. “Os brasileiros sabem da importância do conhecimento na língua estrangeira, mas é quando veem grandes oportunidades de crescimento como essa que procuram ajuda”, afirma.

A cada cinco jovens brasileiros da classe C, apenas um fala inglês, de acordo com o Ibope (Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística). Já nas classes A e B, o número, ainda baixo, sobre para 26%. Já entre os executivos, apenas 8% falam ou escrevem corretamente neste idioma. “O número é alarmante, pois hoje esta habilidade já não é mais um diferencial, é requisito obrigatório para conseguir uma vaga no mercado de trabalho”, alerta Silvia.

De acordo com Nicole Benete, diretora da Staff Work, empresa especializada no recrutamento para trabalho em navios, este realmente é o motivo que mais descarta candidatos. “Para se ter uma ideia, na primeira seleção desta temporada, realizamos entrevistas com oitenta pessoas, mas apenas doze restaram para concorrer às vagas. O restante não passou na entrevista em inglês”, diz. “Na não adequação nos demais requisitos, até podemos ajustar o profissional, mas sem o inglês torna-se impossível, pois, mesmo que sejam viagens nacionais, os contratantes geralmente são estrangeiros”, complementa.

Para quem quer aperfeiçoar seu conhecimento com mais rapidez e aproveitar o momento favorável, a diretora da Alumni indica um curso rápido para a fluência, o English for Adults, que prepara o aluno em até dois anos, período este que pode aproveitar para aprimorar sua experiência na área em que deseja atuar no navio. “O importante é não desistir. Um curso rápido focado em conversação pode ajudá-lo nesta empreitada, enquanto busca um aperfeiçoamento na área em que deseja atuar no navio”, aconselha Silvia Corrêa.

Mercado de trabalho

Até maio, os navios devem receber 886.833 turistas no total, de acordo com previsão da Abremar – 23% mais que os 720 mil cruzeiristas da temporada 2009/2010. Neste período, foram geradas mais de 40 mil vagas de trabalho entre diretos e indiretos. Nos navios, foram criados quase 4 mil oportunidades e, nos portos, outros 530. Porém, os empregos vão mais além, também aparecem nas áreas de transportes, serviços turísticos, souverniers, comércio, bares e restaurantes.

E a expectativa é que nesse ano seja ainda maior. Só na Staff Work, empresa especializada em recrutamento para navios, haverão 2.000 vagas este ano, sendo junho o período de maior volume. Já nesta primeira temporada, estão abertas 374 oportunidades.

Áreas de atuação

Entre as vagas disponíveis estão: nutricionistas, médicos, fisioterapeutas, personal trainers, recreadores, barman, camareira, assistentes, garçons, entre outras. De acordo com Silvia Corrêa, há algumas que requerem menor conhecimento em inglês, o que não deixa de ser essencial.

Requisitos

• Conhecimento em inglês, no mínimo, avançado. Porém, o mais indicado é o conhecimento fluente;

• Ter idade entre 18 e 35 anos;

• Possuir alguma experiência na área em que deseja atuar; e

• Possuir passaporte válido.

Experiência e salário

Para a maioria das vagas, é preciso ter alguma experiência na área em que deseja atuar. Por este motivo, a diretora da Alumni recomenda que haja uma dedicação ao maior conhecimento no inglês pelo período de dois anos. “Paralelamente, é possível buscar um emprego na área, seja em restaurantes ou casas de família por exemplo. Mas, para isso, é preciso ter foco no seu objetivo”.

E o esforço vale a pena, uma vez que os salários variam entre US$ 500 e US$ 2.000, de acordo com a Abremar. Na Staff Work, a média salarial é de US$ 1 mil.

Pontos positivos e negativos

Além da experiência profissional e maior atratividade no currículo, o tripulante ganha muito sem gastar nada (apenas compras opcionais), conhece diversos países e garante uma experiência de vida inesquecível. Porém, trabalha-se muito (entre 11 e 13 horas diárias), sete dias por semana. Outro motivo levado em conta é saudade da família e não adequação às expectativas. “Quem vai para se divertir, vê que a situação não é bem essa. Deste modo, registramos 60% de desistências. Antes, o número chegava a 80%”, diz a diretora da Staff Work.

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