Engana-se quem pensa que os condicionadores de ar devem ser higienizados apenas no verão, quando são mais exigidos num país de clima tropical como o nosso. É que mesmo ficando inativos por longos períodos nos meses de baixas temperaturas, esses aparelhos podem acabar se transformando em autênticos criadouros de fungos, mofo e bactérias, caso não passem regulamente por manutenção preventiva também nessa época.

Quem adverte é Guilherme Francisco Botana, da Ductbusters Engenharia, líder brasileira na área de QAI - Qualidade do Ar de Interiores. Segundo ele, há vários fatores que tornam recomendável a revisão geral do aparelho justamente quando a freqüência do seu uso diminui.

"Os prazos e demais condições de atendimento costumam melhorar, longe do boom característico do mercado nos meses mais quentes. Além disso, quem tem equipamentos sem a opção de aquecimento praticamente os esquece nas estações mais frias tendendo, portanto, a não sentir tanto a sua falta se algum reparo mais demorado for necessário entre abril e setembro", pondera.

Ainda de acordo com o especialista, uma boa higienização dos filtros instalados nas máquinas individuais (aparelhos split e do tipo janela), bem como um check-up completo da instalação e sua rede de dutos - em se tratando de climatização central - podem trazer benefícios que vão desde a maior eficiência energética à prevenção de crises respiratórias, sobretudo nas pessoas com maior propensão de sofrer desse mal.

Quaisquer que sejam a natureza e o porte do sistema, porém, ele considera fundamental ter-se em mente que manutenção de ar-condicionado é coisa séria a qualquer tempo. "Por isso, requer tecnologia, pessoal especializado e, acima de tudo, responsabilidade técnica dos prestadores de serviço, assim como uma atitude consciente por parte dos usuários finais que os contratam", arremata o engenheiro.