O telefone toca sem parar. Você está correndo de um lado para o outro. Pilhas de papéis estão na sua mesa e você não sabe o que fazer. E, a partir de agora, a televisão só fica ligada no canal financeiro. Se essa é a sua ideia de virar um investidor, pode começar a se acostumar com outro tipo de cenário. Com dinheiro não se brinca, portanto quanto maior o índice de confiabilidade em um investimento, maior será o seu retorno depois. Com o dinamismo do mercado financeiro, o acompanhamento de um profissional capacitado é fundamental para a melhor leitura dos preços das ações. Além disso, essas empresas possuem uma política de governança corporativa, onde se comprometem a serem transparentes na administração e transmissão de informação sobre sua saúde financeira – ou seja, os balanços positivos e negativos de suas ações –, seus projetos de crescimento e os impactos externos econômicos que podem influenciar o mercado. Pensando sob esse aspecto, muitas corretoras de valores prestam o serviço que o investidor, da sua própria casa, monitora. É importante lembrar que tais corretoras somente podem estar em funcionamento se estiverem autorizadas pela CVM (Comissão de Valores Imobiliários) e pelo Banco Central. Para investir com segurança e sem grandes sobressaltos, é necessário seguir algumas dicas valiosas, que serão devidamente orientadas pelo profissional escolhido. A primeira delas virá do próprio profissional: descobrir que tipo de investidor você é. Com uma visão macro da economia, o profissional terá uma opinião mais assertiva dos setores da economia e suas respectivas empresas e ainda educará financeiramente o futuro investidor, levando-o ao perfil ideal de investimento. Os investimentos mais indicados variam de acordo com o “apetite” por risco que cada investidor possui. Maior risco está ligado de forma proporcional aos maiores lucros, sem grandes truques. Porém, a diversificação das formas de investimentos pode ser favorável, já que o mercado oferece um cardápio variado deles. Em média, os investidores que atualmente aplicam no mercado de capitais possuem 10% de seu patrimônio em renda variável – uma aplicação é considerada renda variável quando o retorno ou rendimento é pouco previsível, pois está sujeita a grandes variações de acordo com o mercado, como as ações de empresas, por exemplo. Isso causa um gerenciamento de risco maduro por parte do investidor. Não existem valores mínimos para se começar a investir muito menos idade. Geralmente, as maiores carteiras são de pessoas acima dos 30 anos, porém isso ocorre devido ao tempo necessário para qualquer indivíduo constituir seu patrimônio. Hoje em dia, os jovens – que são chamados de clientes de varejo, com carteiras abaixo de 100 mil – representam um peso muito grande na bolsa de valores. Apenas se o investidor for menor de idade, deve-se ter um procurador legal como responsável. O mais importante na decisão de se começar a investir é ter três passos em mente: ter uma estratégia bem definida, que será traçada juntamente com o profissional da área, manter a disciplina e a paciência, afinal os investimentos podem demorar a gerar lucros, mas quando o fizerem serão valiosas recompensas. Nota do Editor: Guacyro Filho, da Effectiva, é formado em administração de empresas com especialização em negócios internacionais pela UNIMEP, agente de investimento credenciado Bovespa e operador BM&F desde 2004.
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