Ideal é observar o espaço disponível, a função deste ambiente, a luminosidade e o tamanho da planta
Esta tem sido a dúvida de muitas pessoas que moram em apartamentos e sofrem com a falta de espaço. O que pouca gente sabe é que com um pouco de criatividade e escolhendo as plantas certas, é possível brincar com algumas espécies, deixando o ambiente agradável e aconchegante, dando um toque especial na decoração. Para Lúcia Borges, professora do curso de Design de Interiores do INAP – Instituto Arte e Projeto (www.inap.com.br), em um primeiro momento, devem-se levar em consideração as características do local para a escolha das espécies mais adequadas, uma vez que cada ambiente apresenta aspectos próprios. “Para definir o tipo de vegetação a ser utilizado, devemos observar a luminosidade natural, pois locais muito sombrios não são propícios ao cultivo de certas plantas; é preciso analisar também o tamanho da planta e a área disponível para seu desenvolvimento”, afirma. Ela explica que em ambientes internos, por exemplo, a opção é por plantas que necessitam de pouca luz. São muito aplicadas algumas palmeiras, como o caso da Rafis (Rhapis excelsa) e Camedórea (Chamaedorea seifrizii), espécies de médio porte como Espada de São Jorge (Sansevieria trifaciata), Zamioculca (Zamioculcas zamifolia) e Pacová (Philodendron martianun), como também outras que dão flores, como Lírio da Paz (Spatifilum walisii) e Antúrio (Anthurium andreanum). Outro cuidado apontado por Lúcia é a atenção ao recipiente utilizado para o plantio, bem como o preparo do substrato presente nele. Como as opções mais usadas são vasos e jardineiras, devem-se preparar a drenagem e a mistura adequada para plantio da muda, duas partes de terra vegetal e uma de esterco de curral bem curtido. “É preciso ainda regar conforme a necessidade da planta e adubar ao menos três vezes por ano, com um adubo específico, como o NPK 04-14-08. O re-envasamento é necessário a cada dois anos em média, assegurando o bom desenvolvimento da planta.” Uma dúvida frequente é a combinação destas espécies. Com tantas opções, não é difícil cometer alguns deslizes na hora de inseri-las no ambiente. A harmonização vai depender da função, decoração e do espaço disponível. “Normalmente usamos plantas que não ofusquem umas às outras, não concorram em altura ou cor. Espécies muito coloridas destacam-se quando mescladas a outras mais verdes, assim como as mais altas são valorizadas quando colocadas junto de maciços mais baixos.” A professora explica ainda que embora existam algumas plantas da moda, como Renda Portuguesa, samambaia, Zamioculca, Lança de São Jorge e orquídeas, não existe uma regra rígida para seu uso, uma vez que cada ambiente tem uma função específica, e cada pessoa tem um gosto particular. “Quando elaboramos um projeto, é preciso levar em consideração a vontade do cliente, deixando o espaço com a cara e a personalidade de morador.”
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