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Ciência e Tecnologia
17/06/2011 - 14h02
PCs balzaquianos
Roberto Carlos Mayer
 

O lançamento do IBM PC completou, no mês de abril, trinta anos. Embora já não seja fabricado pela “Big Blue”, ele continua firme no mercado. Todos os PCs desktop e notebooks, netbooks e até os recentes tablets são fiéis à arquitetura trintona (daí chamá-la de ‘balzaquiana’, em alusão à famosa obra ‘A mulher de 30 anos’, de Honoré Balzac).

O lançamento do IBM PC foi um marco na história da informática: antes dele, os microcomputadores eram considerados “brinquedos” pela maioria dos profissionais de TI (Tecnologia da Informação); era muito raro encontrá-los em uso nas empresas. Com o aval da IBM para a arquitetura, eles tomaram conta do mundo empresarial: “downsizing” foi palavra da moda para a adoção dos PCs pelas empresas.

Nenhuma outra arquitetura de computadores lançada antes dos PCs se manteve no mercado por trinta anos ou mais: ao contrário do mito cultuado pela indústria, o ritmo da evolução tecnológica diminuiu ao longo das décadas.

Se bem dispomos hoje de discos e memórias milhões de vezes maiores do que há 30 anos, os esquemas de endereçamento e muitos outros detalhes técnicos permanecem quase inalterados.

Dois fenômenos resultaram disto: o primeiro deles diz respeito à disponibilidade de hardware “compatível” (ou “clone”). No mundo todo, centenas de empresas passaram a fabricar equipamentos quase iguais ao produto original da IBM, brigando basicamente por preço. A vítima da guerra? A IBM vendeu sua unidade de PCs para a chinesa Lenovo, há muitos anos. Os beneficiados obviamente foram os consumidores: o preço de um PC moderno é acessível até para as classes sociais ‘emergentes’ do nosso país, tornando o Brasil o 3º ou 4º maior mercado mundial (dependendo para quem se pergunte).

O outro fenômeno diretamente ligado à estabilidade da arquitetura é o mundo do “software livre”. Desconsideradas as questões ideológicas, ele surgiu pela migração de software de origem acadêmico para o mundo real, com base no esforço de voluntários, que, graças a estabilidade da arquitetura, tiveram e tem todo o tempo necessário para adaptar seus software ao mundo real sem a necessidade de investimentos agressivos. Enquanto as arquiteturas eram substituídas em menos de quinze anos, simplesmente não dava tempo de criar software deste jeito.

Os computadores, que eram quase ‘altares profissionais’, são hoje dispositivos mais populares (e bem mais leves!) do que um dia foram as máquinas de escrever.

E para que não me acusem de ‘esquecido’: sim, a interconexão de todos os PCs por meio da Internet criou uma nova realidade humana, afetando até o plano social e político. Hosni Mubarak que o diga!


Nota do Editor: Roberto Carlos Mayer (rocmayer@mbi.com.br) é diretor da MBI (www.mbi.com.br), VP de Comunicação e Marketing da Assespro São Paulo, vice-presidente de Relações Públicas da Assespro Nacional e representante do Brasil junto à ALETI (Federação Ibero-Americana das Entidades de TI).

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