Objeto de desejo e consumo que encanta os brasileiros, o carro representa conforto – é o transporte mesmo com o trânsito caótico – status, sucesso e a realização em quatro rodas. Também é, ao mesmo tempo, despesa e investimento: tem um custo que vai além do combustível que engloba seguros, taxas, manutenção regular e significa investimento quando propicia condições de produzir mais seja fazendo dele fonte de renda como um aliado nos negócios, no deslocamento com segurança e representando qualidade de vida. Para a consultora em Saúde Financeira e Qualidade de Vida Suyen Miranda, o carro é um dos itens que mais requerem atenção no tocante a seu gerenciamento de valor. “Um carro bem regulado, com manutenção em dia, impostos em ordem, sem multas e segurado faz com que o dinheiro nele investido traga retorno em satisfação e segurança. Se estiver com problemas, falhas técnicas, descuidado e com um passivo de tributos torna-se fonte de problemas tanto na direção quanto na legislação, ficando muitas vezes até mais caro do que o próprio valor”, ressalta a consultora. Para quem está com o carro fora do padrão de uma Saúde Financeira em ordem, a consultora dá algumas dicas capazes de deixar a vida financeira e o carro nos trinques: 1. Procure um mecânico de confiança e peça uma avaliação do que precisa ser feito para a segurança e dirigibilidade do veículo. Sabendo deste valor, negocie com ele o que é primordial a fazer. Consciente do que precisa ser feito a seguir, programe-se tanto no ponto de vista de logística – como fazer os deslocamentos do dia a dia – e financeiro (o quanto irá dispender no conserto) para realizar todos os reparos necessários. 2. Cuidado com a documentação. Pesquise no site do Detran de sua cidade se há débitos em aberto, multas e eventuais despesas. Se houver, saiba qual o valor e programe o pagamento levando em consideração que toda virada de mês há um acréscimo de juros. Estes valores – multas, IPVA atrasado e licenciamento – não caducam, portanto terão de ser pagos mesmo que você opte por vender o veículo. 3. Se você estiver pensando em trocar de carro, analise se é realmente o momento para entrar num financiamento. Há quem queira trocar somente porque o carro já tem alguns anos, mas está com quilometragem baixa. Um carro novo, zero quilômetro, tem custo adicional de documentação, IPVA, emplacamento, bem como o seguro. Analise criteriosamente. 4. O que vale mais a pena: consertar o veículo usado ou trocar por um novo? O conserto pode custar bem menos do que se imagina até porque as peças de reposição apresentaram redução ao longo do tempo pela entrada de importados oficiais com padrão de qualidade igual ao das peças originais. O conserto também pode ser parcelado de forma a dar mais fôlego ao seu orçamento e garantir a sua segurança. Não pense em “passar o carro adiante” com problemas, pois além de antiético pode gerar custos ainda maiores se comprovado que o vendedor não alertou quanto a graves falhas que comprometem o veículo. 5. A manutenção periódica do veículo em boas condições: limpo, lubrificado, com combustível, documentação em ordem e se necessário no seguro faz com que muito da energia gasta em preocupação com o carro seja usada em atividades mais rentáveis e prazerosas, sem falar que evita um estresse desnecessário, elementos que custam caro ao bolso e ao coração. Na opinião da consultora, ter um carro requer análise e planejamento para que ele não custe caro a ponto de se tornar uma despesa descontrolada. “Algumas pessoas analisam e chegam a conclusão que ter um carro custa mais do que usar transporte público e táxis com moderação, por conta do custo anual de manutenção de um veículo. Vale lembrar ainda que os carros tem seu valor reduzido pela depreciação do tempo, e num financiamento de longo prazo o valor final pago vale o equivalente a dois veículos, quase como se a parcela mensal fosse uma locação do carro, o que requer um cuidado na hora de decidir”, finaliza Suyen Miranda.
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