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Economia e Negócios
31/07/2011 - 13h09
Classe média tem maior percepção de inflação
 
 

Se para muitos a percepção é a realidade, a classe média brasileira enfrenta uma inflação muito superior àquela apresentada pelos índices de preços medidos tanto pelo governo quanto por entidades privadas. Para pessoas que usam serviços como telefonia celular ou produtos como gasolina para ir e voltar do trabalho, por exemplo, a inflação registrada desde o Plano Real extrapola em muito aquela que regula os reajustes gerais de preços.

Segundo Marcelo Maron, Consultor de Finanças Pessoais, Professor da UniEuro (DF) e Diretor Executivo do Grupo PAR, as cestas que compõem os diferentes índices inflacionários não costumam refletir a vida real do cidadão comum, o que pode ser claramente comprovado quando se comparam esses indicadores com o aumento de serviços e produtos como telecomunicações e combustíveis, por exemplo:

“Muitas vezes, produtos de baixo consumo ou de pouca importância na vida dos cidadãos ainda são utilizados nos índices gerais de preços, que apresentam uma inflação final bem inferior àquela que as pessoas enfrentam em sua vida cotidiana”, alerta Maron.

De acordo com Maron, a inflação oficial do Plano Real, medida pelo IPCA-IBGE entre julho de 1994 até o mês passado, junho de 2011, foi de 286,63%, um índice que é utilizado como inflação oficial pelo governo. Pelo IGP-M, um índice da FGV e um tanto mais realista em relação ao bolso do consumidor, a alta de preços registrada no mesmo período foi de 403,49%:

“Mas se considerarmos o peso de certos produtos na vida das pessoas, a história é ainda mais perversa. A gasolina, por exemplo, custava cerca de R$ 0,50 o litro em julho de 1994 e hoje custa R$ 2,86, refletindo uma variação de 472%. No mesmo período, o etanol registrou alta de 427,91% e o diesel, responsável pelo transporte de tudo no “Brasil sobre rodas”, aumentou nada menos que 506,47%. A cesta básica aumentou 305,01%, os aluguéis já superaram 630%, as despesas com comunicação aumentaram 700% e os reajustes do salário mínimo ultrapassaram a casa dos 741%. Para a vida das pessoas que consomem mais estes serviços ou pagam serviços domésticos, os índices de inflação oficiais nem de longe repuseram perdas, o que leva a onerar ainda mais os consumidores e, provavelmente, a agravar problemas como a inadimplência”, assinala Maron.

Para o consultor, a classe média brasileira, que sempre pagou a conta de todos os planos econômicos, continua pagando a conta nos anos atuais. Houve melhoras substanciais na qualidade de vida, sustentadas sobretudo pelo crescimento da economia e do número de empregos, mas os salários um pouco maiores não conseguem acompanhar a evolução do salário mínimo, o que vem levando, de fato, a um empobrecimento da classe média, que perdeu poder de compra em diversos segmentos.

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