Cuidar da saúde requer planejamento e prevenção, pois é algo que não se compra
Uma das questões que mais assustam os brasileiros no referente a despesas inesperadas é o custo dos tratamentos médicos e procedimentos de saúde. Semana passada, com a aprovação de acréscimos de procedimentos pelos convênios médicos – que passa a valer a partir de 1 de janeiro de 2012 – muito se falou sobre a necessidade ou não de um plano médico que não seja o Sistema Único de Saúde (SUS). “Com a longevidade sendo realidade a cada dia, as pessoas se preocupam, com razão, quanto ao que terão como apoio para manter a saúde em dia além da rotina básica de cuidados com alimentação e atividade física”, diz Suyen Miranda, consultora em Saúde Financeira e Qualidade de Vida. Ela afirma que hoje ter um plano de saúde seja particular ou empresarial é fundamental para evitar surpresas desagradáveis que impactem o equilíbrio financeiro. Mas como avaliar e mesmo usar melhor o plano de saúde contratado para evitar problemas tanto de saúde física quanto financeira no futuro? A consultora inicia lembrando que ter o plano não significa relaxar quanto a rotinas de saúde e nem mesmo cair no oposto, fazendo exames desnecessários somente para ter acesso aos serviços oferecidos. “Um bom clínico geral pode solicitar exames periódicos para verificar o estado geral da pessoa, normalmente a cada ano, e com mais freqüência para doenças pré-existentes. Vai orientar quanto a outros especialistas a serem consultados e apontar melhorias tanto na alimentação, atividade física e mesmo a saúde emocional. Estas orientações não irão tomar tempo demais e serão suficientes para serem seguidas a fim de ter saúde, algo que não tem preço”, alerta Suyen. E é importante ter um seguro saúde? Suyen considera que sim, pois além de trazer um conforto e segurança na hora da necessidade é uma opção ao sistema público que não atingiu ainda um padrão de serviços que se possa contar com qualidade. “O sistema público está inchado, consultas rotineiras levam tempo para serem agendadas e hoje há planos que tem custo parcialmente ou totalmente subsidiado pelas empresas – os planos empresariais – que oferecem uma rede de atendimento capaz de dar a segurança necessária para um bem que não pode ser comprado: a saúde”, declara a consultora. Uma das questões que também preocupam as pessoas é como manter o seguro saúde no caso de desligamento da empresa. Suyen pondera que normalmente as empresas concordam em pagar por um período o plano de saúde até que a pessoa possa estar coberta por outro plano, ou ainda ter migrado do plano empresarial para o individual. “Gosto de lembrar que a despesa preventiva é sempre mais econômica que a despesa inesperada, em qualquer situação. Pensando assim, vale pesquisar um plano de saúde que seja viável no orçamento e priorizar este custo como um preventivo não só de problemas financeiros mas principalmente para a saúde da pessoa e sua família. Por vezes, o custo de um único exame mais sofisticado – que é coberto pelos planos – equivale a um ano ou mais de pagamento do seguro saúde”, explica Suyen. Para quem se aposenta no setor privado – e não tem o seguro saúde coberto pelo desligamento – há hoje opções voltadas ao público idoso que estimulam atividades preventivas e com custo menos alto do que planos mais sofisticados. “O importante é pensar que este custo é mais uma prevenção que pode ser usado para melhorar a saúde, cuidar da longevidade com qualidade e portanto serve como um investimento na tranqüilidade e saúde que perfazem a qualidade de vida”, finaliza Suyen Miranda.
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