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01/09/2011 - 11h07
O `boom´ das redes sociais no ambiente de trabalho
 
 
Brasil é o terceiro maior usuário das redes sociais no mundo

As redes sociais chegaram para ficar. Facebook, Twitter, Orkut e outras estão por toda parte. De acordo com a ComScoer, empresa de pesquisa de mercado que fornece dados de marketing e serviços, os EUA são os maiores usuários de redes sociais no mundo. Em segundo lugar vem a Rússia e em terceiro o Brasil.

Num mundo em que com as redes sociais não existe mais o monopólio da informação, onde o consumidor não é mais passivo e a comunicação é mais veloz, não dá para retroceder. É tempo de entendê-las e respeitar as regras, principalmente quando o acesso se dá dentro do local de trabalho, pois se mal utilizadas podem acarretar sérios danos às empresas e ao próprio funcionário, uma vez que em alguns casos chegam a depor contra a marca de uma corporação se o colaborador começar a postar ideias particulares, desabafos e brincadeiras de mau gosto.

A diretora da Inthegra Talentos Humanos, Vianei Altafin, explica que em algumas empresas é estratégico o uso de redes, mas em outros setores é desnecessário, tirando o foco do trabalho do colaborador ou atrapalhando seu desempenho. “O uso das redes sociais deve ser feito com responsabilidade. Isso implica ter limite e em saber administrar o tempo para o acesso no MSN e até em e-mails particulares. A liberdade deve caminhar lado a lado com a responsabilidade”, reforça Vianei.

Visão jurídica

Segundo o supervisor jurídico do escritório Reis Advogados, William de Oliveira, a utilização da internet e correios eletrônicos nos ambientes corporativos, mediante a utilização dos equipamentos disponibilizados pelo empregador, possuem um tratamento jurídico diverso. “O empregador tem poder diretivo e disciplinar sobre as atividades realizadas por seus empregados, no decorrer do contrato de trabalho, podendo, inclusive, monitorar o uso da internet e caixa de mensagens de seus colaboradores, sem que isso possa implicar em qualquer violação a princípios e garantias constitucionais”, explica. No próprio escritório, por exemplo, existe uma política definida e específica a respeito. “Fiscalizamos o uso dos e-mails corporativos, uma vez que o domínio destes pertencem à empresa. Quanto aos e-mails pessoais não é possível a fiscalização do seu conteúdo, ante o princípio da inviolabilidade das comunicações, previstas na Constituição Federal. Assim, restringimos apenas o acesso pelo colaborador aos seus e-mails pessoais durante a jornada de trabalho, em razão da propriedade dos computadores utilizados durante a realização do trabalho. Tudo em conformidade ao poder diretivo e disciplinar conferido pela legislação do trabalho ao empregador”, conta o diretor presidente Marcus Reis.

De acordo com um estudo recente divulgado pela Consultoria em RH Manpower, em escala global, as empresas que mais coíbem o acesso a redes sociais como Twitter, Facebook e Orkut são as brasileiras. “O que acontece é que essas redes sociais consomem boa parte do tempo em que o funcionário deveria estar trabalhando. Quando a empresa chega a bloquear é porque já constatou baixa produtividade e falta de foco. Há casos de recepção de vírus para a rede da empresa e, em casos mais graves, dados sigilosos espalhados”, revela Marcus.

Com relação à falta de limites, o advogado William de Oliveira diz que em casos graves de má utilização da internet ou e-mails, no que tange o acesso e/ou divulgação de material pornográfico, acesso a sites de programas de televisão, divulgação de informações inverídicas ou dados sigilosos da empresa pela net, prática de jogos eletrônicos, uso indevido das redes sociais, entre outros, dá o direito de demissão por justa causa do trabalhador. “O uso da internet no ambiente de trabalho, para acesso às redes sociais, revela-se aceitável, apenas na hipótese em que seu uso tenha correlação com as atividades desenvolvidas pelo empregador, mesmo assim deve ser utilizado de maneira moderada. Em outras situações, será regulado pelo empregador, em conformidade com a política de condutas de cada empresa”, explica.

Para minimizar esse impacto, a especialista em Recursos Humanos, Vianei Altafin, esclarece que já existem empresas com políticas internas que definem os acessos que serão liberados para cada setor, sempre pensando no interesse da necessidade da rede global no trabalho que vai ser desenvolvido por aquele colaborador. “O uso deve ser negociado. Vale um trabalho intenso de conscientização dentro das organizações”, avalia.

Cada um na sua

O Hospital Santa Genoveva, por exemplo, resolveu a situação tomando algumas medidas intermediárias. Há pouco mais de um ano, a instituição criou uma Intranet. Nela, os 430 funcionários têm acesso e podem expor seus perfis, fotos, divulgar data de aniversário e tecer comentários. O sistema ainda tem informações de interesse dos funcionários, como holerite e outros benefícios. O gerente de Tecnologia da Informação do Hospital, Murilo Santos, explica que é uma ferramenta de interação interna, voltada para agilizar a comunicação, principalmente quando há necessidade de resolver atividades laborais entre os setores. “Nossa próxima ação será implantar a rede Wi-Fi dentro do hospital para que os colaboradores possam utilizar tablets e notebooks pessoais, em horários específicos. Atualmente já existe a liberação a sites de pesquisa com acesso livre das 11h30 às 13h30 e com a rede Wi-Fi também haverá um controle de acesso. Seremos o primeiro hospital 100% digital da região”, conta.

Já na agência de publicidade Fórmula P as redes sociais são flexíveis. O gestor da P Interactive, Thiago Macedo, explica que no caso deles a exploração das mídias sociais é indispensável para um relacionamento plurilateral. “Podemos ter contato com todo mercado, além de divulgar em tempo real, as últimas notícias da agência. Com essa política, todos colaboradores da agência, nos mais variados departamentos, ficam atualizados e utilizam as redes sociais de maneira consciente, para maior interação com seus clientes e stakeholders. Para isto, quando o colaborador entra na empresa, ele recebe um manual das nossas políticas internas, informando sobre os procedimentos e também conscientizando sobre o uso sem excessos”, conclui Macedo.

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