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SEÇÃO
Economia e Negócios
09/09/2011 - 18h06
Independência financeira X padrão de vida
 
 

O Brasil atravessa um dos melhores momentos econômicos de sua história e o poder de compra da população nunca esteve tão alto. De acordo com um estudo do IBGE, publicado no início do ano, a força aquisitiva da população ocupada brasileira apresentou crescimento de 19% entre 2003 e 2010, o que equivale a pouco mais de R$ 238 nos rendimentos mensais. No entanto, esse dado abre espaço para uma discussão importante sobre a condição de vida no país: o brasileiro atingiu independência financeira ou ele apenas está levando um padrão de vida mais elevado. Para o consultor em desenvolvimento humano e especialista em coaching financeiro para profissionais liberais e empresas, Ricardo Melo, muitas pessoas confundem acúmulo de patrimônio com independência econômica.

“Vamos imaginar o seguinte: uma pessoa passa a ganhar R$ 20 mil fixos mensalmente. Contudo, se ela gasta toda essa quantia ou algo próximo desse valor, por mais que a renda seja boa, não significa que ela tenha independência financeira, mas sim que possui um padrão de vida alto”, destaca. O assunto é um dos temas tratados durante o IX Congresso Latino-Americano de Programação Neurolinguística (PNL), que reunirá renomados especialistas do cenário nacional e internacional em Belo Horizonte (MG), entre os dias 21 e 25, no Hotel Sol.

Segundo Melo, um indicativo de liberdade financeira é a sigla TED, que no mundo financeiro significa Tempo livre, Energia para viver e Dinheiro em quantidade suficiente. Muitas vezes, de acordo com o especialista, as pessoas têm um desses itens e faltam outros. “‘T’ de tempo disponível para usufruir da própria vida, com família, amigos, além de curtir projetos pessoais. ‘E’ de energia suficiente para termos motivação para todos os dias aproveitarmos, ao máximo, nossa vida. Alguns encontram essa energia na família, outros no esporte, outros no estudo, alguns em viagens, leituras etc. Não importa onde esteja sua fonte de energia, o fundamental é investir nela! Por fim, vem a ideia de termos ‘D’, dinheiro em quantidade suficiente”, afirma.

Melo ressalta que não é fácil começar a se preocupar em conquistar a independência financeira, mas cita algumas sugestões para a fase inicial. “Liste as atividades que gostaria de desempenhar se tivesse mais tempo livre. Identifique quanto seria essa quantidade de tempo livre para que você saiba exatamente quanto está buscando. Depois classifique os hábitos e situações em seu cotidiano que lhe trazem energia para viver. Vale tudo: de sair com amigos, a ficar em casa lendo um bom livro ou assistir a um bom filme. Por fim, faça um balanço financeiro, quanto você tem de patrimônio e quanto tem de passivos. Descubra seu atual patrimônio líquido e logo em seguida trace metas claras de economia e de como gostaria de investir esses recursos”, salienta.

Por causa de situações como essa, o coaching financeiro tem ganhado cada vez mais espaço no mercado. Esse tipo de profissional ajuda pessoas e empresas a se organizarem financeiramente e traçarem postura adequada de consumo e planejamento de investimento.

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