O Dia das Crianças está chegando e muitos pequenos já começam a pensar no que querem ganhar nesta data festiva. Afinal, eles estão em uma fase lúdica e o presente faz parte desta etapa da vida. Mas você já pensou que esta também pode ser uma boa oportunidade para ensinar aos pequeninos a lidar com o dinheiro? Pois bem, a educação financeira durante a fase de desenvolvimento infantil pode ser muito proveitosa para preparar o adulto de amanhã a entender o valor do dinheiro.

Mariana Borges, diretora de operações da WinTrade, afirma que é possível passar este ensinamento a partir dos seis anos de idade. “O importante é que isto não passe despercebido. Fazer com que as crianças participem com uma quantia simbólica em uma viagem, por exemplo, as ensina a usar o dinheiro em coisas proveitosas e com responsabilidade”.

De acordo com Mariana, é difícil para os pais que não tenham o hábito de economizar ensinarem às crianças a se programarem financeiramente. “Os hábitos dos pais também têm de mudar para conseguirem passar um princípio aos filhos”.

Já na opinião de Eli Borochovicius, conhecido como professor Boro; professor universitário de finanças e licenciado pelo “The Money Camp” para ministrar cursos de educação financeira para crianças, jovens e adultos; o presente é uma boa forma de dar educação financeira aos pequenos. Ele diz que os pais podem estipular um valor limite para o presente e acompanhar a criança à loja, devendo o mimo caber dentro do preço determinado. Para Boro, isto leva a criança a pensar melhor em suas escolhas. O professor também chama a atenção para o troco. “A diferença entre o valor do presente e o valor estipulado não deve ser devolvida à criança, afinal de contas é um presente. Ela passa a entender que nem sempre o melhor presente é aquele que custa mais caro e que o valor sentimental é mais precioso que o valor do bem material”.

Ainda segundo Boro, a mesada também é um excelente meio de aprendizado. “A criança entende que tem limite de recebimento. Ela percebe a diferença entre gastar com o que realmente necessita e com aquilo que deseja consumir”.