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Ubatuba
26/10/2011 - 06h19
I Festival Indaiá reúne arte e ecologia
Valdirene Pereira de Jesus Souza
 
Divulgação 

Sábado, 1º de outubro, na escola Marina Salete, no Perequê-açu, fomos participar do Festival do Indaiá, evento do projeto “Cuidágua Indaiá/Capim Melado”, rios que passam pelo Sumidouro, Taquaral, Casanga, Barra seca e Perequê-açu.

Já na entrada, pudemos ver a exposição de fotos de pássaros, muito bonitos. As fotos foram tiradas por pessoas de vários lugares do Brasil. No pátio, havia uma exposição de artesanato e de diversos tipos de mudas, que no final as crianças puderam levar para casa.

A educadora ambiental Debora Olivato deu uma palestra e nos perguntou quais eram os riscos e perigos que sentimos em nosso bairro, sendo os mais citados: esgoto a céu aberto, escorregamentos de terra nas encostas e violência de palmiteiros, caçadores e assaltantes.

A palestrante Cassia Leitão, da Sanepav, falou de como a coleta seletiva tem sido tema cada vez mais lembrado pela sociedade. Mostrou objetos que podem ser feitos com garrafas de plástico e embalagens tetrapak e nos ensinou a fazer um vaso com caixa de leite que ficou muito bonito.

Depois fomos ver o filme “Canoa caiçara”, que foi inspirado no livro “Com quantas memórias se faz uma canoa”. O filme conta a importância da canoa para os pescadores de Ubatuba. Alguns personagens do filme eram o senhor Luiz, Nélio, seu Higino, Maximiano, Renato, seu Filinho, Mauro, Baéco e a entrevistadora Rose. Nélio já tinha concertado a canoa dele três vezes porque estava com vazamento, só que agora ele resolveu comprar outra e foi até a Picinguaba atrás do seu Filinho encomendar a sua. O filme então mostra todo o processo manual de construção de uma canoa. Seu Filinho explicou que demora mais ou menos um mês e meio para a canoa ficar pronta e que há poucas espécies de madeira para fazer uma boa canoa, como o ingá amarelo, cedro, embu e mais algumas. As canoas geralmente duram cerca de 30 anos.

Ao término do filme, seu Higino comentou sobre a pesca predatória, que hoje se torna cada vez mais comum com a tecnologia, e os que fazem a pesca artesanal têm que ir cada vez mais longe para pegar seus peixes e garantir o seu sustento. Hoje, três pessoas em um barco com tecnologia avançada pegam mais peixes que antigamente o faziam de 6 a 12 pessoas. Antes, os mariscos eram tirados das pedras, mas hoje eles são plantados, o que é uma vantagem para o meio ambiente, que ganha tempo para se restabelecer. Ao final, seu Higino disse sábias palavras: “tem de haver respeito entre as pessoas e a natureza, pois Ubatuba sem turismo não é nada”.

Depois, houve uma palestra sobre diversos assuntos importantes, como dicas para economizar água: desde lavar o carro com balde até escovar os dentes com a torneira fechada. Outro tema foi saneamento básico, que envolve abastecimento de água (em 2025, 1 bilhão de pessoas no mundo não terão água potável para consumir, segundo a OMS), coleta e tratamento de esgotos (90,5 milhões de brasileiros vivem em domicílios desprovidos de tratamento), drenagem pluvial e resíduos sólidos. Também se falou sobre agricultura (a projeção é que haja, até 2070, 15 bilhões de pessoas no mundo para serem alimentadas), contaminação do solo e práticas agroecológicas, como policultivo, cultivo de cobertura e sistemas agroflorestais (formas de produção de alimentos que imitam os sistemas naturais), cuja vantagem é preservar a natureza e ainda gerar renda para as famílias.

O evento prosseguiu com lanche, som da banda Tupinambrás e bingo ambiental.


Nota do Editor: Valdirene Pereira de Jesus Souza, moradora da Casanga, é integrante das Oficinas de Educomunicação de Itamambuca, desenvolvida pela Associação Amigos de Itamambuca, e participou do I Festival Indaiá, realizado pela Associação Socioambientalista Somos Ubatuba (ASSU-Ubatuba). Ambos os projetos são financiados pelo Fundo Estadual de Recursos Hídricos (Fehidro), em parceria com a Prefeitura Municipal de Ubatuba.

Sobre o Indaiá

A bacia hidrográfica formada pelo rio Indaiá e o Ribeirão Capim Melado é a segunda em densidade populacional e a terceira maior do município em área desmatada. A foz do rio Indaiá apresenta índices elevados de contaminação, por causa do uso de defensivos agrícolas e fertilizantes químicos nas áreas ribeirinhas cultivadas, despejo de esgoto doméstico e atividades de extração mineral.

O Cuidágua Indaiá visa capacitar a população a compreender os problemas socioambientais da região e instrumentalizá-la a participar de forma proativa na gestão das águas. O projeto é uma realização da ASSU-Ubatuba, em parceria com as Secretarias Municipais de Educação, de Meio Ambiente e de Agricultura, Pesca e Abastecimento, da Prefeitura Municipal de Ubatuba; com financiamento do FEHIDRO (Fundo Estadual de Recursos Hídricos do Estado de São Paulo).

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