Este treinamento já é realizado no PEIA há cerca de 10 anos, totalizando mais de mil participantes. No local, os policiais ambientais podem ver e conhecer de perto um cenário antes devastado e que agora se regenera naturalmente
Aline Rezende |  |
O Parque Estadual da Ilha Anchieta (PEIA), em Ubatuba, recebeu nesta quarta-feira, 2, um grupo de 35 pessoas, entre tenentes e capitães da Polícia Ambiental, de diversos estados do país, como Ceará, Paraná, Pernambuco, Rondônia e Mato Grosso. O grupo foi realizar dois treinamentos de um curso de Especialização Ambiental voltado para militares que estão ingressando agora na Polícia Ambiental. Pelas características do PEIA, as aulas práticas no local são voltadas para Procedimento Operacional Padrão de Abordagem de Embarcações, Teste de Equipamentos e conhecimentos de Regeneração de Vegetação em Áreas de Restinga em seus diversos estágios e de Floresta Ombrófila Densa, característica de Mata Atlântica. Na semana passada, 30 soldados participaram no mesmo treinamento no Parque Estadual. O grupo foi recebido pelo gestor da Unidade de Conservação, Tasso Drummond, que fez uma apresentação sobre a Ilha Anchieta desde a época em que abrigava presídio e uma vila militar, até o processo de transformação em Unidade de Conservação administrada pelo Governo Estadual, os desafios ambientais e as conquistas até os dias de hoje. Após a apresentação o grupo foi conduzido pelo técnico ambiental Carlos Paiva - que está à frente deste treinamento há mais de dez anos - por uma visita técnica que passou pelas diversas faixas de vegetação, desde o jundu, que forma uma barreira na praia, impedindo que o mar avance, passando pela vegetação baixa, média e alta de restinga, mostrando as características e as espécies que ocorrem em cada área. O capitão responsável pelo grupo, Davi Souza Silva, explica que estes policiais estão chegando à Polícia Ambiental. “Todos serão comandantes, tenentes e capitães um dia. Essas instruções servirão para a formação de policiais que trabalharão na proteção de áreas como esta. É uma oportunidade de conhecer o funcionamento de uma unidade de conservação, as espécies a serem protegidas e as situações pelas quais eles passarão em breve.”
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