A aproximação das festas de fim de ano aquece o comércio nacional e, com a multiplicação das compras online, este se tornou um período bastante propício para os crimes eletrônicos. Por este motivo, ao optar por adquirir produtos em uma loja online, é preciso tomar alguns cuidados especiais para não se tornar um alvo de hackers e golpistas: Segundo o Dr. Rony Vainzof e o Dr. Marcos Gomes da Silva Bruno, sócios do escritório Opice Blum Advogados Associados, algumas medidas podem evitar problemas na hora de comprar online. São elas: 1 - Certifique-se de que o site é verdadeiro e a empresa é confiável. Verifique o certificado digital, se ela disponibiliza seu CNPJ, se existem reclamações junto ao Procon e se parentes e amigos possuem boas recomendações; 2 - Mantenha o antivírus ativo e atualizado, e o utilize em qualquer arquivo que baixar ou dispositivo que conectar ao seu computador; 3 - Tenha um firewall como uma barreira de proteção, ele controla o tráfego de dados entre seu computador e a internet; 4 - Senhas são pessoais e intransferíveis (cartão de segurança, token e certificado digital). Não utilize o seu nome de usuário, datas comemorativas, uma palavra completa e senhas anteriores. Prefira usar caracteres de letras maiúsculas, minúsculas e símbolos do teclado: @$%!; 5 - Não efetue transações em computadores públicos ou que você não tenha certeza da segurança (lan houses, hotéis). Os equipamentos podem estar configurados para salvar a digitação do teclado e enviar os seus dados para fraudadores; 6 - Evite pagar antecipadamente pela encomenda. Prefira efetuar o pagamento no ato da entrega do produto, com cartão de crédito, cheque ou vale postal; 7 - É importante que a empresa tenha um canal de retorno: endereço físico, telefone ou e-mail. Ao comprar online, todo cuidado é pouco Segundo a consultoria E-Bit, empresa especializada em informações para o setor, as vendas online devem crescer nominalmente 20% em relação a 2010, alcançando um valor de cerca de R$ 2,6 bilhões de reais. O número de pedidos deverá ser 25% maior se comparado a 2010 e o tíquete médio deve manter-se em torno de R$ 350. Atentos a esse crescimento, os fraudadores estão migrando, continuamente, para o meio virtual. Disso decorre a necessidade do consumidor conhecer as principais modalidades de golpe, para evitar cair em armadilhas. Por isso, fica a recomendação: nas compras realizadas em lan houses, e em computadores públicos, deve se ter atenção ainda maior, uma vez que eles podem estar configurados para capturar a digitação no teclado, enviando seus dados a fraudadores, incluindo nome, CPF, endereço de entrega, informações bancárias, dentre outros. Igual cautela deve se ter com conexões sem fio desconhecidas, que podem ter sido habilitadas com o intuito de capturar as informações enviadas. “No caso de compras coletivas, outra forma de negociação online, além de atentar para os aspectos de segurança acima, é necessário conhecer e compreender as regras específicas de cada oferta, que incluem os dias de utilização, se é necessário reserva, possibilidade do voucher comprado ser usado por outra pessoa, dentre outros”, afirma o Dr. Marcos Gomes da Silva Bruno.
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