Há algum tempo que as redes sociais deixaram de ser apenas ferramentas de entretenimento e lazer. Muitos empreendedores enxergaram a oportunidade de ter um relacionamento mais próximo com o cliente e atingir campos antes obscuros. A nova tendência do E-commerce (comércio eletrônico) é a criação de lojas virtuais no Facebook, que gerou um novo termo, o F-commerce.

Atualmente, diversas empresas buscam implementar essa tecnologia em suas atividades de comércio eletrônico. Porém, para se aventurar em uma área recém criada, devem ser tomados alguns cuidados básicos. Para a especialista em tendências virtuais e diretora executiva do Grupo Webpan - composta pelas empresas Webpan e Plugideias -, Norma David, antes de entrar nesse mercado, é necessário que a empresa passe por treinamento específico. “O treinamento de pessoal é de vital importância para a manutenção de uma loja virtual no Facebook, assim como acontece fora dele”, explica.

É possível desenvolver uma F-commerce de duas formas: pode ser criado e gerido pelo próprio empreendedor ou pode-se recorrer à utilização de um aplicativo pronto, o mais indicado, especialmente para quem está iniciando no ramo. A vantagem do aplicativo do Facebook é justamente o da terceirização da TI. A rede social altera seus protocolos constantemente, fazendo com que a empresa, caso opte por tal opção, mantenha à disposição uma equipe de plantão que irá gerir o negócio. “O Facebook cobra algum tipo de comissão ou aluguel do aplicativo, por isso é importante calcular os custos e a margem de lucro do investimento”, orienta Norma.

Um dos aplicativos usados para criação de lojas virtuais no Facebook é o Like Store. A ferramenta já registra 2,7 mil negócios cadastrados, graças ao baixo custo de investimento inicial e a possibilidade de garantir espaço na rede social que mais cresceu no país neste ano.

O F-commerce já é muito utilizado no mundo. No Reino Unido, por exemplo, houve um crescimento de 8,8% nesse tipo de compra em apensa 4 meses. Os dados são da eCustomerServiceIndex (eCSI), da eDigitalResearch e IMRG. Outro dado importante é que quase a totalidade (97%) dos consumidores planejam fazer compras online nesse natal.