Mal 2011 terminou e 2012 já começou com tudo para o ouro. Alguns presidentes e diretores de empresas que lidam com ele no mercado diariamente acreditam que o valor do metal possa extrapolar neste ano, com a cotação variando entre US$ 1.700 e US$ 2.200 a onça-troy. Não é por acaso que o Conselho Mundial do Ouro (WGC em inglês) anunciou que os bancos centrais mais que dobraram a compra do ouro em relação ao terceiro trimestre de 2010, chegando a ser sete vezes maior em 2011.

Os bancos compraram 148,9 toneladas do metal, o maior volume trimestral desde que o setor se tornou um comprador líquido. As crises contribuíram para a valorização, tais como as da Grécia, da moeda do euro e a crise americana, e o ouro é o único investimento confiável que não sofre nessas oscilações de mercado. “Em momentos de crise o mercado financeiro recorre ao ouro como reserva de valor. É um ótimo momento para se investir em ouro”, afirma Moacir Camargo, gerente de planejamento da OM Ouro (www.ourorapido.com).

Porém, o especialista alerta que não há uma fórmula mágica para se investir, apenas é uma questão de pensar e aproveitar o momento, pois caso houvesse a fórmula, todos venderiam e comprariam o metal no mesmo instante, o que não traria a valorização. A recomendação é comprar o ouro ativo financeiro nos momentos de instabilidade econômica ou política interna ou externa e vender logo que identificado o momento de calmaria, ou seja, é exatamente o oposto do mercado acionário onde todos vendem na crise e recompram quando o mercado se acalma.

Como não há um perfil de investidor para o ouro, qualquer um pode adquirir o metal através de lojas específicas e especializadas. A OM Ouro, por exemplo, é uma das principais distribuidoras do metal no Brasil em que as barras de ouro podem ser adquiridas por uma de suas lojas pelo Brasil ou pela internet, com entrega física via correio ou motoboy. As barras são de diversos pesos como 1 g, 2 g, 5 g, 7 g, 10 g, 25 g, 50 g, 100 g, 250 g ou 1 kg e podem vir personalizados em cartões customizados, até mesmo do time de futebol do coração. Caso o investidor queira se desfazer do metal, a própria empresa dá a garantia de recompra.

Para Camargo, o ouro é soberano frente a outros investimentos, pois sempre teve rentabilidade. “Em nenhum momento, tomando como referência um prazo de 10 anos, o ouro remunerou menos que a caderneta de poupança brasileira - é a que mais remunera o poupador no mundo correção mais de 6% ao ano”, afirma.

As maiores vantagens do metal é que ele não sofre tanta volatilidade em comparação a outros investimentos, as oscilações de cotações são menos bruscas e é de fácil conversibilidade, porque é aceito em qualquer lugar do mundo. Imune às crises mundiais, o ouro ganha confiança de pequenos, médios e grandes investidores.