O sistema de envio virtual de correspondência dos Correios, o correio híbrido, vai ser ampliado e começa a funcionar em 90 dias. Em entrevista exclusiva à Radiobrás, o ministro das Comunicações, Eunício Oliveira, disse que as empresas privadas que serão responsáveis pela impressão das cartas já foram selecionadas por licitação.

O correio híbrido permite que as pessoas escrevam uma carta pela Internet, no site dos Correios ou nas agências, para qualquer lugar do Brasil ou para mais de 200 países. Atualmente, apenas dois centros, um em São Paulo e um em Brasília, são responsáveis pelo processamento das cartas, que chegam ao destinatário impressas em papel.

Com a ampliação, o país terá cinco centros de processamento, um em cada região geográfica. A estimativa é que a despesa com o transporte das cartas caia 20%, uma economia anual de R$ 1,4 bilhão para os Correios. Uma carta normal enviada do Amazonas para o Rio Grande do Sul, por exemplo, tem o custo do transporte de todo o trajeto, o que não acontece com o correio híbrido, onde a carta poderá ser impressa no centro instalado na região à qual se destina.

Para Eunício Oliveira, a criação desses centros também promoverá o desenvolvimento regional. "São cinco regiões do país que irão receber centros de processamento e distribuição dos Correios", explicou.

A partir da impressão, a carta escrita via Internet segue os mesmos padrões de uma carta registrada. No caso de mensagem com endereço de entrega em outro país, os Correios providenciam o seu despacho até o país de destino, também como carta registrada. Todo o processo, desde a transmissão até a impressão, é automático e criptografado, o que garante o sigilo da correspondência.