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• Vigilância Sanitária interdita creche em Ubatuba
A vigilância sanitária de Ubatuba interditou na tarde do dia 25, a Emei (Escola Municipal de Ensino Infantil) do Centro, situada na Rua Paraná, 347. Essa medida foi tomada ao ser constatado que o prédio não tinha condições para abrigar as 128 crianças de seis meses a três anos matriculadas na creche. Cerca de 50 crianças que continuavam na creche durante o período de férias foram transferidas em caráter emergencial para a Emei da Rua Gastão Madeira. Enquanto isso, algumas alternativas estão sendo estudadas pela Secretaria de Educação para o ano letivo que se inicia no próximo dia 10 de fevereiro. Foram encontradas diversas irregularidades no prédio. Dentre elas, a mais séria é a precariedade do telhado, que corre risco de desabamento. Além disso, os vazamentos permitem que as águas da chuva escorram pelas paredes, inundando o chão e deixando o ar impregnado com um forte odor de umidade. A diarista Rosilene Alves da Silva conta que a sua neta, matriculada na Emei Centro no ano passado, tem sofrido freqüentemente de doenças respiratórias desde então. "Eu não conhecia as condições da sala onde a menina ficava. Estou arrependida de ter deixado minha neta nesse lugar. Agora estou aliviada porque a creche foi interditada e a minha neta está numa creche melhor". Além do risco de desabamento, o prédio não foi projetado para abrigar uma escola e isso gerou uma série de problemas. Um deles, foi a abertura de diversos buracos em algumas paredes, rentes ao chão para que a água utilizada na limpeza escoasse para fora das salas. Essa solução fez com que roedores e diversos insetos tivessem livre acesso às dependências da creche. A ação A precariedade deste e de outros prédios foi descoberta durante uma vistoria promovida pela nova equipe da Secretaria de Educação em todas as escolas da rede pública e particular no município. A coordenadora de creches e Emei’s de Ubatuba, Patrícia Gomes Veloso Pereira, disse que, "ao ver a Emei do Centro nas condições em que se encontra, a única solução foi chamar a vigilância sanitária e pedir a interdição". O Chefe de Saúde Coletiva de Ubatuba, Antônio Jorge de Araújo explica que a interdição cautelar foi feita visando o bem-estar e integridade física das crianças. "A umidade e o mau estado de conservação do prédio oferecem diversos riscos à saúde das crianças. Entre eles, as doenças respiratórias são as mais freqüentes". A situação nas outras escolas da rede municipal de ensino que já passaram por vistoria não é muito diferente do caso da Emei do Centro, mas, segundo Araújo, esse caso é o pior. A secretária de Educação, Isabel Roseli de Souza Leite diz que esses resultados são uma surpresa, diante da verba destinada à educação no ano passado. "Causou-nos espanto encontrar as escolas nesse estado de abandono. A prestação de contas da Secretaria da Educação publicada nos jornais não condiz com a realidade que encontramos".
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