Em setembro de 2011, o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, sancionou a Lei de nº 15452, da Câmara Municipal, que prevê publicações e propagandas em favor da cremação, que deverão ser distribuídas em hospitais e funerárias. Esta iniciativa surgiu, provavelmente, devido à escassez de sepulturas nos cemitérios municipais e em virtude do crescimento da população. A Associação Cemitério dos Protestantes (Acempro) acredita que a cremação é a solução mais apropriada, pois além de sustentável, também é adequada para as grandes metrópoles, por diversas razões abaixo relacionadas: - O processo normal de decomposição de um corpo no Brasil tem duração de 3 a 10 anos, dependendo da composição do solo, região e clima. Já a cremação leva entre 45 minutos a 2 horas; - A emissão de poluentes de um forno crematório tem cerca de ¼ das emissões produzidas por um carro de passeio, em velocidade média; - A área ocupada por um crematório é bem menor, quando comparada à de um cemitério; - Os custos são menores do que os de um sepultamento e não há necessidade de pagamento de taxas de manutenção. Como é realizado o processo de cremação Muitos ainda resistem à ideia de cremação em função das dúvidas sobre o processo e todo o mito relacionado a esta questão. Na cremação, cada corpo, junto com o caixão, é colocado individualmente no forno de cremação. A família pode ficar segura de que não haverá troca do corpo no momento da cremação, pois na chegada do corpo ao crematório, uma pastilha numerada feita de material refratário é adicionada ao caixão. Esta pastilha acompanha o corpo durante todo o processo, garantindo a sua identificação. Neste momento, são retirados apenas as alças de plásticos ou metais e vidro do caixão. Caso haja aparelho cardíaco de marca passos, um médico deve retirá-lo previamente. O corpo humano é composto de 60% a 70% por água, 18% de carbono, 3% de potássio e 1,5 % de cálcio e o restante da composição são sais e metais. Com uma temperatura de 300 a 950 °C, ocorre a evaporação e os gases resultantes são totalmente queimados em uma segunda câmara, menor, com uma temperatura acima de 900 °C. O resultado deste processo são os ossos já incinerados, com uma aparência de espuma rígida. Em seguida, este material é recolhido e triturado, gerando um pó granulado em tom cinza claro, quase branco. O peso varia entre 1 e 1,5 kg ao final da cremação.
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