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31/05/2012 - 16h22
Lidando com as ameaças
Pablo Aversa
 
Cinco dicas para pôr em prática ainda hoje

Este mês surgiram alguns casos interessantes nos processos de coaching que aplicamos na Alliance Coaching. Eles se referem a um tema que muito nos chama a atenção: nossas emoções.

As emoções são feitas de eletricidade e química. Elas foram criadas para nos ajudar a lidar com as emergências e as ameaças. São causadoras de mudanças físicas bastante previsíveis. O coração bate mais rápido e com mais pressão. O sangue flui de forma acelerada. A glicose é liberada na circulação sanguínea, para fornecer mais energia e força. As pupilas se dilatam, para receber mais luz. A respiração acelera, para receber mais oxigênio. E por que tudo isso acontece? Para lutar ou fugir dos tigres de dentes de sabre, é claro. Pois é, as emoções foram criadas para nos ajudar com o conhecido “lutar ou correr”. Ela faz com que temporariamente o corpo fique mais rápido e forte. Mas isso tem um preço.

A fim de mandar mais energia para os músculos, a reação emocional diminui os recursos destinados ao estômago (e é por isso que muitos de nós ficamos com dor de barriga quando estamos estressados) e o raciocínio (isso também explica por que falamos e fazemos coisas estúpidas sob estresse). Apesar de nos permitir levantar um pesadíssimo objeto sob uma determinada pessoa, não conseguimos pensar na coisa certa a dizer numa reunião tensa. É duro, mas é uma triste realidade para muitos de nós.

Quando a reação emocional tem início, ela precisa seguir o seu curso. Se não houver ameaça depois que a reação começar, geralmente leva de 45 a 60 segundos para a pessoa voltar ao normal. Isso mesmo, de 45 a 60 segundos. É por isso que sua avó sempre dizia: “conte até 10”. O problema é que, nos tempos modernos, os tigres de dentes de sabre são geralmente “psicológicos”, ou seja, nossos pensamentos também podem causar uma reação emocional.

Eventos que certamente não são uma ameaça física, como ser criticado, podem causar um maremoto de emoções. Pior ainda, hoje em dia as pessoas incluem outro componente ao “lutar ou correr”: paralisar. Acredite ou não, as emoções podem paralisá-lo e deixá-lo sem palavras, impedindo que você lute (argumente ou responda) ou corra (encerre calmamente a interação e parta). Desenvolver a habilidade de combater essas reações, para ficar calmo sob pressão, é essencial na selva corporativa que está aí fora.

Se tudo isso faz parte do seu dia a dia, seguem abaixo cinco dicas eficazes para colocar em prática:

1. Identifique seus “pontos de ignição”. Faça uma lista das últimas 25 vezes em que você explodiu e perdeu a compostura. A maioria das pessoas que possui problemas nesse campo possui de três a cinco “pontos de ignição” repetitivos. Crítica? Perda de controle? Certo tipo de pessoa? Um inimigo? Surpresas? Cônjuge? Crianças? Dinheiro? Autoridade? Você tem raiva de si mesmo porque não sabe dizer “não”? Tente agrupar 90% dos eventos em de três a cinco categorias. Em seguida, pergunte a si mesmo por que cada um deles é um problema. É o seu ego? Humilhação? Ser pego de calças curtas? Os outros vão descobrir? Isso dobra a quantidade de trabalho? Em cada grupo, qual seria a reação mais madura? Treine diariamente a melhor reação mental e física até alcançar a fórmula ideal. Crie um programa no qual, a cada mês, você procura diminuir em 10% o número de vezes em que você perde a compostura.

2. Conte até 10. Seu raciocínio e julgamento não estão em sua melhor forma durante uma reação emocional. Isso é fato, portanto, crie e pratique as táticas de adiamento a seguir: 1) Pegue um lápis na sua pasta. 2) Tome um cafezinho. 3) Faça uma pergunta e ouça a reposta. 4) Vá até o flip-chart e escreva alguma coisa. 5) Faça anotações. 6) Imagine-se numa situação tranquila. 7) Levante-se e dirija-se ao banheiro... Você precisa de um minuto para se recompor depois que a reação emocional começar. Logo, não faça ou fale nada até esse minuto passar.

3. Aumente o controle dos impulsos. As pessoas dizem e fazem coisas inconvenientes quando perdem a compostura. O problema é que elas dizem ou fazem a primeira coisa que lhes vêm à cabeça. Pesquisas apontam que, geralmente, a segunda ou terceira coisa que você pensa é a melhor alternativa. Procure evitar a primeira reação durante o tempo necessário para pensar numa segunda alternativa. Pratique. Quando conseguir fazer isso, espere mais um pouquinho para pensar numa terceira opção antes de fazer a sua escolha. Durante esse intervalo, 50% dos seus problemas de compostura terão desaparecido.

4. Não leve para o lado pessoal. Você precisa punir as pessoas ou grupos que o tiraram do sério? Fica hostil, com raiva, cheio de sarcasmo ou mesmo com sede de vingança? Hummm, esse desejo de revidar não é bom sinal... Apesar de ele trazer uma satisfação temporária, o tiro pode sair pela culatra e, no final, fica apenas a imagem de alguém que perde a cabeça. Quando o atacarem, reformule a frase como um ataque ao problema enfrentado. Jogue o argumento de volta, pergunte o que fariam no seu lugar. Quando o outro lado tomar uma posição rígida, não a rejeite. Pergunte o porquê - quais são os princípios por trás da oferta, como saber o que é justo, qual é a teoria formulada. Pense no que aconteceria se a posição deles fosse aceita. Deixe o outro lado desabafar as frustrações deles, mas não reaja.

5. Lide de maneira construtiva com as críticas. Muitas perdas de compostura começam com uma crítica, seja intencional ou não. Existem várias pessoas perfeitas no mundo que não suportam ouvir uma informação negativa sobre si mesmas, ou sobre algo que fizeram (ou mesmo que não fizeram). O resto de nós possui falhas das quais a maior parte das pessoas ao nosso redor está ciente e sobre as quais, de vez em quando, acabam sendo mencionadas. Sabemos também que, às vezes, críticas injustas acabam sendo lançadas contra nós. Lidar de maneira construtiva com as críticas é uma habilidade que pode ser internalizada. Aprenda a observar quem ao seu redor assumiu uma atitude defensiva ou está com raiva. Muitas pessoas com essa postura têm um monte de opiniões sobre o comportamento dos demais.


Nota do Editor: Pablo Aversa é sócio-fundador da Alliance Coaching (www.alliancecoaching.com.br).

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