A elaboração de um bom currículo ainda gera diversas dúvidas nos candidatos aos mais diferentes cargos. Para esclarecer alguns pontos importantes sobre a questão, a diretora de Recursos Humanos da Proton Consultoria (www.protonconsultoria.com.br), Sônia Nakabara, apresenta dez dicas de como preparar e manter atualizado essa ferramenta essencial na busca de empregos. De acordo com a especialista, o currículo chega a representar metade da avaliação de um candidato em um processo seletivo. “Às vezes o analista faz a leitura do currículo e acha que já achou o candidato certo, mas se decepciona quando chega a hora da entrevista. Por isso, eu diria que o currículo corresponde a, pelo menos, 50% das chances de contratação, o restante se dá no momento da entrevista”. Confira as dicas: 1. Manter os dados básicos sempre atualizados, principalmente endereço, telefone e e-mail. A pior coisa para o selecionador é se interessar por um candidato e não conseguir realizar o contato em razão de dados errados ou desatualizados; 2. Objetividade na hora de definir a vaga para qual está se candidatando. Colocar no máximo dois cargos que sejam coerentes com a experiência profissional. Se o candidato abre muito o leque de opções, passa o sentimento de que não sabe o que quer ou está atirando para todos os lados, que está desesperado. 3. Cuidado com o excesso de informação. Uma das dicas é ter objetividade ao mencionar a experiência para não poluir o currículo. Se há muita informação, quem analisa se perde e vai pensar que o candidato deve ser igual pessoalmente, um chato, que deve falar muito, não deve ser objetivo. 4. Bom gosto na formatação. Não é indicado colocar figuras ou mensagens religiosas. A letra não deve ser muito grande, nem muito pequena, e deve entrar em duas folhas no máximo. Não usar cores e mandar fotos apenas se for requisitado. 5. Não citar características da personalidade ou comportamento. Não adianta dizer que tem espírito para liderança, que tem condições de trabalhar sobre pressão ou trabalhar em equipe. Quem deve avaliar esses itens é o entrevistador. 6. Experiência no exterior. Se o candidato tem experiência no exterior, em estudo ou trabalho, é interessante mencionar, mas só se for compatível com a área em que está buscando a oportunidade. Viagens a passeio ou para trabalhos não relativos ao objetivo não são interessantes no currículo. 7. Trabalho voluntário. Também é interessante mencionar o trabalho com Ongs ou algum projeto com foco em responsabilidade social, ambiental ou em diversidade, mas sempre como os últimos tópicos do currículo. 8. Organização. É a primeira coisa que o analista olha no currículo. Se ele é poluído ou não. Um bom currículo é organizado, com frases pontuais. Você consegue fazer uma leitura de quem é a pessoa que o enviou. 9. Envio do currículo. A melhor forma de enviar o currículo por e-mail é com o arquivo em anexo e com uma breve apresentação no corpo da mensagem, coisa de três linhas. Algo bem objetivo e de bom gosto. 10. Marketing pessoal. Serve para o candidato ver onde está tendo dificuldade, para agregar na hora da entrevista. E a maioria das pessoas tem mais dificuldade exatamente nessa parte. Não é necessário incluir no currículo.
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