Marcos André Araújo      Alexandre Estevam ganhou uma Rip Wave.

Apesar do mau tempo, o 1º Santos Surf Festival encerrou as suas atividades no dia 27, quinta-feira, no Quebra-Mar, em Santos (SP). Durante uma semana, a cidade foi envolvida pela história do surf, que iniciou no dia 21. Milhares de pessoas conheceram um pouco da história do esporte, como os pioneiros, as pranchas da década de 60 e as usadas por grandes atletas em vários lugares do mundo. Tudo isso para comemorar o Dia do Surfista, que tem o dia 21 de janeiro separado no calendário da Cidade para os amantes das ondas.

Segundo o idealizador do festival, Diniz Iozzi, o evento foi um sucesso. "Começamos muito bem, homenageando os pioneiros do surf brasileiro na sede da Prefeitura. Depois tivemos os melhores longboards do País abrindo o calendário do circuito profissional e uma semana de atividades no Quebra-Mar com muita onda, além dos filmes que passaram gratuitamente nos cines Indaiá e Roxy, em parceria com as surfshops da cidade, e oito pranchas sorteadas", conta.

"A minha intenção é promover a região e a sua cultura, pois o surf no Brasil começou na praia do Gonzaga", explica Diniz sobre a realização do 1º Santos Surf Festival. "Santos é uma verdadeira surf city e concentra também grandes atletas e profissionais que trabalham no esporte, não só no Brasil, mas como em vários paises", destaca. Para o próximo ano, o evento terá outras novidades.

"Esse foi um pontapé inicial e já estamos pensando no próximo ano. Queremos que o Santos Surf Festival seja uma referência nacional para que os turistas venham para cá conhecer a história do esporte e a sua cultura", planeja Diniz, também conhecido como Pardal. O mesmo pensa o secretário da cultura, Carlos Pinto. "A data do Dia do Surfista é ideal para promover o evento. É verão e muitos turistas estão na Cidade de férias. O festival tem tudo para ser um dos mais importantes na temporada".

Museu do Surf - Contar a história do esporte, os seus feitos e os seus personagens é de vital importância para que o futuro do surf seja respeitado pelas novas gerações e que a raiz jamais seja esquecida. Para isto, Pardal tem colecionado inúmeras pranchas de diferentes épocas, no intuito trazer a memória a origem do surf.

Entretanto, a luta para que seja construído um local fixo no Quebra-Mar continua. "Ter uma sede para abrigar esse patrimônio cultural do Brasil é muito importante. O surf em Santos tem força cultural para isto e não podemos colocar em risco a história do surf. O que aconteceu na última terça-feira foi lamentável", comenta.

Pelo fato de não haver um local mais seguro para a exposição das pranchas, muitas foram danificadas após uma rajada de vento que derrubou por duas vezes todas as pranchas que estavam expostas do Quebra-Mar. "Foi um desespero. Ninguém sabia para onde correr e o que fazer. Graças a Deus, ninguém ficou machucado, mas muitas pranchas vão perder a sua originalidade, após os reparos que precisam ser feitos", lamenta Pardal.

Sorteios - Quem prestigiou o 1º Santos Surf Festival pôde contar com a sorte e levar para casa uma das oito pranchas que foram sorteadas durante a semana. Foguetes das cobiçadas fábricas como Rip Wave, Silver Surf, Zampol e Classic Longboard fizeram a alegria dos sortudos.

No último dia do evento duas pranchas foram sorteadas, garantindo a futura geração do surf. Dois novos surfistas saíram amarradões. O primeiro foi Marcos Vinicius dos Santos, de 9 anos, e o segundo foi Alexandre Estevam, de apenas 6 anos. Além deles, os seus familiares também comemoraram bastante.

O 1º Santos Surf Festival contou com o patrocínio cultural da Prefeitura Municipal de Santos, através da Secretaria de Comunicação, "Santos + qualidade de vida", e Secretaria da Cultura do Estado de São Paulo. Apresentação da VI Fiberglass e Foam. Colaboradores: Sthill, Hot Water, Surf Store, Hawaii Surf Point, Rip Wave, Silver Surf, Zampol, Classic Longboard.