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Política
16/06/2012 - 14h06
Voto não tem preço
Sebastião Misiara
 

A legitimidade das eleições no Brasil convive com um fantasma: a corrupção. Os vícios e abusos que permeiam as campanhas tornaram-se uma prática tão comum que provocou a reação da sociedade, quer pela mídia, quer pelas rodas nas entidades sociais, quer pela rede social.

Já, anteriormente, setores da sociedade organizada, levaram à punição pela compra e venda de votos, nascendo na sequência, a ficha limpa, mãe de todas as ações para limpar, no máximo possível, a lista de candidatos aos cargos eletivos.

Em suas andanças pelo interior, o ex-vereador Chico Whitaker, um dos autores do projeto contra a corrupção eleitoral, anotou, extraída de um simples camponês nordestino, uma frase histórica: “Voto não tem preço. Voto tem conseqüência”.

É um pensamento que encontra eco nas cabeças pensantes e sérias.

Um conhecido articulista da capital, tempos atrás, observou que “urna não é lata de lixo”. Como pode dois homens diferentes, de formação cultural tão distinta, falarem a mesma língua? É que o combate à corrupção, mais do que uma preocupação dos formadores de opinião, é uma reivindicação que brota de todos os degraus da pirâmide social. A conscientização política, embora lenta, avança sob as chamas das paixões ideológicas, mas sim sob o signo da razão e do bom senso.

O cidadão começa a se livrar das amarras do analfabetismo político. Nas eleições deste ano, o eleitor dará um grande passo para se libertar dos braços de que aliena seu universo: os demagogos, os oportunistas, os usurpadores da ignorância do povo e os aproveitadores da miséria humana. O voto é um bem precioso a ser valorizado em outubro. Dirão os mais céticos, que se trata de eleições municipais. Sim. É verdade. Todavia, é por aí que surgem as lideranças nacionais. Por isso, o futuro das gerações que se sucedem depende disso.

Não só o eleitor precisa tomar cuidado com o que acontece ao seu redor, mas, principalmente, nessa época, os partidos políticos, que devem assumir com mais coragem o seu papel de condutor do desenvolvimento social, à partir da seleção de postulantes ao poder público.

O candidato que quer assumir um cargo público, deve ter como motivação a coletividade. Imbuído dessa intenção, o político conseguirá apresentar propostas concretas de apoio às iniciativas que tenham como fundamento básico um mundo produtivo e uma sociedade mais justa e solidária.

A população está esgotada de tamanha traição, o pior de todos os pecados. Fato que é documentado diariamente pelos jornais, que estampam, por exemplo, membros da CPI atual do Congresso Nacional, aplaudindo seus correligionários, quando deveriam estar investigando.

O político se quiser recuperar sua credibilidade, tem este ano a oportunidade de provar que pretende construir um Brasil mais humano.

Eleitos, prefeitos e vereadores precisam compreender que ética e cidadania não se discutem. Praticam-se, ao contrário de teóricos acadêmicos que não têm atitudes apenas retóricas.

São princípios que o movimento municipalista, propala por onde passa. Com a ajuda de parceiros comprometidos com a causa comum, a nossa instituição procura mostrar que é imperativo abrir as janelas da consciência do eleitor. Mais do que isso, renovar o espírito das pessoas.

O resultado desse trabalho será tirado das urnas.


Nota do Editor: Sebastião Misiara é presidente da União dos Vereadores do Estado de São Paulo, vice-presidente da União dos Vereadores do Brasil e diretor da Associação Paulista de Municípios.

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