A decisão de quanto uma indústria deverá produzir de produto é uma questão importante que está relacionada ao próprio desempenho da gestão no médio e longo prazo. Muitas vezes existe a pressão da demanda do mercado pelo seu produto, também pode ocorrer a necessidade de venda do produto em função de uma carência do caixa da empresa em atender os compromissos vencidos. Essas ações repercutem diretamente nas finanças da organização. A decisão de quanto produzir deverá ser considerada em função da programação dos recursos financeiros que a empresa tem para a aquisição das matérias-primas e do planejamento dos prazos de recebimento das matérias-primas. Com isso, programar a produção, o tempo de sua transformação no produto final e entrega. Também, o tempo de retorno dos valores a receber da venda aos clientes do produto. Além dessas informações, deverão estar alinhados os dados relacionados à capacidade de produção da empresa. Esse critério é muito importante e exigirá consideração na hora de decidir o quanto a empresa irá produzir para atender a demanda solicitada pelo mercado ou realizar vendas para viabilizar os seus compromissos. Se a decisão de produzir mais do que a capacidade permite, ocasionará o não atendimento em tempo estimado do produto junto aos clientes pela sua própria limitação técnica, afetando o relacionamento comercial e a imagem junto ao mercado. Também, a pressão do aumento do endividamento ocasionado pela necessidade do aumento da compra de matéria-prima em quantidades além da sua programação orçamentária habitual, fazendo com que a empresa busque socorro junto ao mercado financeiro e se submetendo aos juros altos e, com isso aumentando o próprio custo da produção. A decisão certa é a empresa produzir apenas o que a sua capacidade produtiva permite. Essa definição depende de dados técnicos, o que muitas vezes têm identificado que as ações resultam da pressão de demanda do mercado ou da pressão pela necessidade de recursos financeiros. É saudável que o crescimento da produção seja planejado no médio e longo prazo, com critérios que considerem o investimento em equipamentos e processos que promovem o aumento da capacidade de produzir, além da aquisição de matérias-primas para atender a capacidade técnica dos maquinários e o atendimento do orçamento investido. Seguindo esses parâmetros, a empresa promoverá o seu crescimento de forma planejada, organizada e com equilíbrio e, portanto, estabelecendo as condições de uma evolução estruturada e dentro da sua capacidade de expansão. Nota do Editor: Daniel M. Gil, consultor da Gerencial Auditoria e Consultoria.
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