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Automóveis
13/08/2012 - 18h12
A manufatura e o novo regime automotivo brasileiro
Marcelo Martin
 

Anunciado há poucos meses para entrar em vigor em 2013, o novo regime automotivo deve impactar o mercado nacional, principalmente no que diz respeito à manufatura de veículos e de seus componentes. De saída, o novo índice de nacionalização proposto vai requerer um significativo aumento de utilização de componentes e insumos nacionais na produção que impelirá as empresas a refazerem seu planejamento de compras.

A razão é simples. Embora o novo percentual pareça menor que os atuais médios 65% de conteúdo local, a base de cálculo proposta no novo regime incide apenas sobre o custo de peças e insumos nacionais usados na produção, enquanto o cálculo atual considera o valor dos componentes importados na proporção do faturamento total da empresa, o que infla resultado final da conta.

Outras consequências podem ser a adoção de novos percentuais de importação de insumos para a produção no País e o aumento de capacidade de fornecedores locais. Esses, por sua vez, também requisitarão mais insumos em sua cadeia produtiva, sobretudo tendo em vista a perspectiva de novos players no jogo da produção automobilística brasileira.

Felizmente, estamos falando de um ciclo virtuoso que demandará mais investimentos das autopeças locais e atrairá ao Brasil novas empresas nesse segmento - em especial as asiáticas a reboque de suas parceiras internacionais, que não escondem planos audaciosos de entrar no mercado brasileiro, considerado entre os maiores no ranking mundial.

No que toca aos processos industriais, o capítulo do projeto automotivo governamental que determina aos fabricantes percentuais de investimentos em inovação e P&D - diga-se de passagem, maiores do que a média praticada atualmente pela indústria -, igualmente trará benefícios à cadeia produtiva. Além de incentivar de fato as fábricas a buscarem novas formas de produzir melhor, com custos decrescentes e direcionados à sustentabilidade, também fomentará a manutenção dos atuais postos de trabalho e a criação de novos empregos locais.

Para a engenharia de manufatura esse cenário prenuncia oportunidades que colocarão a expertise à prova, tanto na inovação quanto no redesenho de processos de produção mais eficientes e baratos em curto espaço de tempo, já que o regime se inicia daqui a poucos meses.

Fazer esse binômio acontecer na vigência do novo acordo automotivo, ou em qualquer outro horizonte, é o nosso desafio permanente e também a sobrevivência das organizações. Esse será um dos temas debatidos no Congresso SAE BRASIL deste ano, no painel Manufatura e Qualidade, dia 3 de outubro.


Nota do Editor: Marcelo Martin dirige o comitê de Manufatura do Congresso SAE BRASIL.

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