Catarinense dá um show na Playa Asia e só mais duas brasileiras avançam.
A catarinense Jacqueline Silva comandou o espetáculo na estréia das principais estrelas da Copa Movistar Pro Peru 2005. A número 6 do mundo no ano passado recebeu a única nota 10 e com um 8,5 em outra onda estabeleceu um novo recorde de 18,50 pontos de 20 possíveis para a competição que vai até domingo no Peru. Porém, das onze brasileiras que competiram na sexta-feira de ondas difíceis de 1,5 a 2,0 metros de altura na Playa Asia, apenas três avançaram para a terceira rodada. Além da apresentação de "gala" de Jacqueline Silva, as atuais campeãs brasileiras Silvana Lima (CE) e Taís de Almeida (RJ) foram as únicas que se classificaram. É somente o mesmo número de francesas, com dez australianas, quatro norte-americanas, duas havaianas, uma sul-africana e a peruana campeã mundial Sofia Mulanovich, completando a lista das 24 surfistas que continuam na briga pelo título da segunda etapa das séries qualificatórias para o ASP World Championship Tour (WCT) de 2006. O título mundial conquistado no ano passado teve uma grande repercussão no Peru e, segundo ela, é um excepcional estímulo para o crescimento do surfe feminino em toda a América do Sul. "Acredito que este título mundial, por ser na categoria maior do surfe mundial, que é o World Championship Tour da ASP, pode abrir os olhos de outras meninas em todas as partes do mundo para a possibilidade de se chegar ao topo do esporte e seguir uma carreira como surfista", disse Sofia Mulanovich. "Estou bastante feliz com toda a alegria e admiração do povo peruano e, mais ainda, com a atenção que a imprensa nacional passou a dar para o surfe depois deste título mundial. Acho que é um ótimo momento para que o surfe peruano possa encontrar ainda mais apoio para direcionar o seu crescimento", completou a primeira surfista da América do Sul a se tornar número 1 do mundo. Mas, apesar de favorita do ótimo público que compareceu na Playa Ásia na sexta-feira, pelo segundo dia consecutivo o Brasil foi o destaque da Copa Movistar Pro Peru 2005. Com uma apresentação impecável, Jacqueline Silva roubou a cena ao receber a única nota 10 da competição e ainda tirar um 8,5 para também encabeçar a outra lista de recordes do campeonato, totalizando fantásticos 18,5 pontos de 20 possíveis. Era a segunda vitória verde-amarela do dia, porém mais duas brasileiras acabaram eliminadas nesta bateria. A também catarinense Juliana Quint e a paulista Suelen Naraisa não conseguiram encontrar as boas ondas que a Jacqueline pegou e foram superadas pela francesa Emmanuelle Joly-Thomas. Na disputa anterior, a saquaremense Taís de Almeida foi a primeira a vencer, mas, no confronto direto entre Brasil e Austrália, Serena Brooke ganhou da carioca Andréa Lopes a briga pela segunda vaga. Outras duas brasileiras já haviam fracassado. Na terceira bateria, a capixaba Yries Pereira ficou atrás da australiana Claire Bevilacqua, uma das novidades na elite que vai disputar o WCT neste ano, e da francesa Caroline Sarran. Na quarta, a peruana Sofia Mulanovich confirmou o favoritismo, a norte-americana Kyla Langen passou em segundo lugar e a ex-campeã brasileira Brigitte Mayer acabou em último. E depois das duas vitórias consecutivas de Taís de Almeida e Jacqueline Silva, a catarinense Larissa Barbiere foi facilmente batida pela australiana Chelsea Georgeson e pela norte-americana Julia Christian. Depois, Juliana Guimarães, dona do recorde de maior nota - 8,25 - do primeiro dia, também não achou nenhuma onda boa, mas quase passa em segundo. A niteroiense perdeu por uma pequena diferença - de fracos 5,85 x 4,55 pontos - para a australiana Amanda Clegg, na disputa vencida com tranqüilidade pela havaiana Melanie Bartels. Na última bateria, a também havaiana Megan Abubo repetiu a dose e a cearense Silvana Lima ganhou da paulista Elisa Costa a batalha pela última classificação do dia. A atual campeã brasileira do SuperSurf agora terá três australianas pela frente no seu primeiro confronto deste sábado: Chelsea Georgeson, Rebecca Woods e Amanda Clegg. Silvana Lima compete na quinta e penúltima bateria da terceira fase, logo depois de Jacqueline Silva e Taís de Almeida disputarem juntas duas vagas para a última rodada de baterias antes dos confrontos virarem mulher-a-mulher. A francesa Marie Pierre-Abgrall e a norte-americana Connie Arias são suas adversárias. Além de ser o primeiro evento válido pelo ranking de acesso para o WCT realizado na América do Sul, a Copa Movistar Pro Peru também inaugura o novo formato que está sendo implantado nas etapas com níveis de 5 e 6 estrelas. As duas classificadas em cada bateria não continuam mais juntas na fase seguinte e a partir das quartas-de-final os confrontos passam a ser diretos, com apenas duas competidoras na água. As que avançaram para o sábado já garantiram um prêmio de 300 dólares e 760 pontos, mas todas querem a vitória no domingo, que vale 4.000 dólares e 2.000 pontos. Os 25.000 dólares oferecidos com patrocínio da Telefônica Movistar já começaram a ser divididos na sexta-feira. As competidoras eliminadas em terceiro lugar nas suas baterias, como as recordistas do primeiro dia, Andréa Lopes e Juliana Guimarães, e mais Juliana Quint, Elisa Costa e Yries Pereira, receberam 250 dólares e 640 pontos pelo 17o. lugar na prova. Já a vice-campeã brasileira Suelen Naraisa e Brigitte Mayer e Larissa Barbiere, ficaram em último nas suas e terminaram na 37ª colocação com a premiação mínima de 200 dólares, marcando 400 pontos no ranking que garante seis vagas na elite mundial do WCT.
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