Pesquisa recente da Robert Half, empresa de recrutamento especializado, com 764 profissionais entre analistas, especialistas, gerentes, diretores e presidentes, mostra que 45,6% dos entrevistados nunca pediram um aumento de salário. No entanto, de acordo com o estudo, 38,6% dos profissionais pretendem pedir aumento ainda em 2012. Segundo o consultor em gestão de pessoas, Eduardo Ferraz, entre os fatores que explicam este medo, a falta de autoconhecimento é o principal deles. “Conhecer melhor nossas potencialidades para, sempre que possível, usá-las a nosso favor, é fundamental. O profissional que não se conhece bem, não tem convicções quanto às suas principais habilidades, vai se sentir inseguro para negociar um melhor salário, uma promoção ou novas oportunidades de negócio”, afirma Ferraz. Já a pessoa com bom autoconhecimento, segundo ele, tem o discernimento de negociar as melhores opções para cada tipo de situação. “Além disso, não deixe de demonstrar seus principais feitos. Se você implantou projetos de sucesso, cooperou com a rentabilidade da empresa ou conseguiu montar uma boa equipe, use isso a seu favor. Números e informações objetivas serão sempre bem-vindos na hora de negociar”, destaca. Mas o autoconhecimento apenas não basta. É preciso também analisar o contexto e a personalidade do seu interlocutor antes de fazer seu pedido. “Se a empresa estiver em um momento favorável e seu superior estiver receptivo para ouvir o que você tem a dizer, aproveite a oportunidade e diga os motivos pelos quais você merece um aumento”. Por último é essencial também ter estabilidade emocional para enfrentar situações difíceis sem demonstrar medo ou ansiedade exagerada. Por mais inteligente e preparado que o profissional possa ser, muitas vezes ele se descontrola emocionalmente. “Neste sentido, ter consciência de seus próprios sentimentos, conhecer suas limitações, seus talentos e, acima de tudo, sentir orgulho de si, fará uma enorme diferença e o deixará mais preparado para enfrentar os desafios de uma negociação, seja ela qual for”, conclui o especialista.
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