Até poucos anos atrás, era impensável estar em mais de um lugar ao mesmo tempo. Esse princípio parece não fazer sentido para as novas gerações, que se multiplicam virtualmente, por meio de computadores, tablets, smartphones e agora também pela tevê. Entre os consumidores brasileiros mais jovens, as novas telas batem recordes de audiência, aumentando o tempo gasto em frente a elas, hoje estimado em cerca de 24 horas semanalmente só com acesso a redes sociais. A paixão do público masculino por novas tecnologias e o dinamismo em meio à era da informação também contribuem para o fenômeno, ampliando a quantidade de telas presentes em nossa vida e dando novo formato às relações sociais, de trabalho e à forma com que consumimos conteúdo.

Essa nova cultura, conhecida como multiscreen, que representa uma mudança de comportamento e tem as telas como a principal interface com o mundo, para o setor de tevê por assinatura define novos modelos para oferecer conteúdo, com displays extras para interação ou mesmo over-the-top (OTT), com distribuição de conteúdo de áudio e vídeo em diferentes dispositivos, ou telas, conectadas via internet.

Com base nessa nova tendência, os desenvolvedores de sistemas de acesso condicional já disponibilizam plataformas para que as operadoras de tevê paga possam entregar conteúdo personalizado, em múltiplas telas, em alta definição, sem limitar o uso da tevê à sala de estar ou mesmo a casa.

Outro fator que movimenta a oferta de informações é a utilização da nuvem, que permite armazenar uma quantidade infinita de dados, como sinopse de programas e trailers de filmes, e multiplicar as fontes de conteúdo.

Uma solução recente, o OpenTV 5, apresentada pela NAGRA, reúne essas ferramentas para tornar a experiência multiscreen única para o consumidor. Pela solução, os serviços de broadcast são disponibilizados via Wi-Fi para smartphones e tablets, entre outros dispositivos móveis, sem impacto à rede, já que a transcodificação é feita na casa do assinante por uma rede doméstica, de maneira bem simples. O sistema, com linguagem HTML5, permite agregar elementos multimídia e aplicativos web, reinventando o potencial da tevê e valendo-se de telas menores para difusão de conteúdos.

A nova tecnologia traz consigo todos os recursos de internet e do mercado de eletrônicos de consumo, respeitando a nova cultura multiscreen, em que o público demanda interatividade e se faz virtualmente presente.

Nota do Editor: Thierry Martin é diretor da NAGRA para América do Sul.