Depois do período de adaptação, principalmente para quem acorda cedo, o horário de verão é uma iniciativa que traz resultados. Criado nos Estados Unidos, no final da década de 20, a proposta surgiu com a intenção de aproveitar a luz natural dos dias mais longos do ano. No Brasil, foi implantado de forma esporádica até se tornar definitivo em três regiões do país: Sul, Sudeste e Centro-Oeste, que adiantam os ponteiros do relógio em uma hora.

Neste ano, o período começou no dia 21 de outubro e segue até 17 de fevereiro, duas semanas após o carnaval. Como já foi dito, a ideia é reduzir o consumo de energia em horários de pico, principalmente das 18 às 21h, e diminuir a necessidade de acionamento das usinas térmicas, cuja geração de energia é mais cara do que a proporcionada por hidrelétricas. Segundo o Operador Nacional do Sistema Elétrico - ONS, pretende-se economizar cerca de R$ 280 milhões e reduzir o consumo em torno de 5% no período, ou seja, 0,4% maior do que a medição de 2011.

Com efeitos em diferentes setores da economia, a medida é relevante para pessoas que desejam diminuir consideravelmente sua conta de luz em casa. Porém, mais do que um esforço auxiliado pelas condições naturais, é possível adotar posturas que tragam benefícios em qualquer época do ano. Nesse sentido, estamos falando do uso de produtos que sejam ecologicamente sustentáveis, tendo, por exemplo, longa vida útil.

Há boas dicas para os mais variados tipos de edificação, como residências, comércio e indústria. Uma delas é substituir lâmpadas convencionais por opções eficientes, como os modelos de LED, considerados referência no cenário atual. Isso porque sua vida útil pode chegar a até 25.000 horas, com economia de até 90%. Na perspectiva da sua dinâmica de funcionamento, essas vantagens são possíveis graças ao seu sistema elétrico, que transforma a maior parte da energia em luz e não em calor, como as incandescentes.

No gosto dos brasileiros desde a época dos famosos “apagões”, as lâmpadas fluorescentes economizadoras de energia também fazem parte da lista de itens que contribuem para uma relação mais harmônica com a sustentabilidade. Com vida mediana na casa das 8.000 horas, podem oferecer luz de diferentes tonalidades, ao contrário do que muitos pensam, e estão disponíveis em formatos distintos, facilitando sua aplicação nas luminárias de todos os ambientes. Além disso, são capazes de poupar até 80% quando comparadas às incandescentes, que em breve deixarão de ser comercializadas em nosso país.

Por fim, vale dizer que a medida adotada pelo governo é, sim, bastante importante para mudar a postura em relação à economia energética, mas não o suficiente, até mesmo por durar alguns meses do ano. Nossas responsabilidades em relação ao mundo que vivemos são mais longas, necessárias todos os dias do ano, o que pode ser alcançado por meio de ações de longo prazo, com a escolha correta das tecnologias criadas para facilitar seu cotidiano. Pense nisso.

Nota do Editor: Cláudia Capello Antonelli é formada em Arquitetura e Urbanismo com especialização em Marketing e é gerente de Produto da OSRAM (www.osram.com.br).