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Agricultura e Pecuária
17/02/2005 - 19h46
IAC cria abacaxi em gomos
Carlos Prado
 
 
Divulgação 
  Gomo-de-mel.

O que você acharia de comer um abacaxi sem ter que descascá-lo com a vantagem de ser mais doce que os demais? Improvável? Nem tanto para uma variedade da fruta criada pelo Instituto Agronômico de Campinas (IAC), vinculado a Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios, da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo. Para consumir o IAC Gomo-de-mel, como é chamado, basta cortá-lo ao meio e retirar os gomos.

O produto foi desenvolvido há cinco anos, mas somente agora, neste mês de fevereiro chega aos consumidores. Essa demora, segundo Ademir Spirondello, um dos pesquisadores responsáveis pelo projeto e que está aposentado, deve-se ao fato da resistência dos produtores de aceitar inicialmente a nova versão da fruta.

A pesquisa foi iniciada em 1992 quando algumas unidades vieram da China para serem estudadas no IAC. A seleção genética foi concluída em 1999. "Ele é incomparavelmente mais doce que os similares Pérola e Havaí, além de ter acidez um pouco menor e ser mais saboroso", defende Spirondello.

Além disso, o abacaxi tem uma aparência diferenciada, com a polpa na cor amarelo-ouro, de coloração bem mais atraente que as variedades existentes no mercado. Ele esclarece que em algumas cidades da Bahia, o produto está sendo vendido diretamente para hotéis e restaurantes pela sua facilidade no consumo, e deve chegar aos supermercados da Capital até o final desse ano.

Trata-se de um produto de maior valor, custa em média 50% a mais do que outros tipos, já que a procura é grande e a oferta ainda é baixa. Essa valorização do fruto compensa os investimentos iniciais em mudas e o fato do IAC Gomo-de-mel ser menor que outras variedades de abacaxi. "As mudas podem gerar até 50 mil plantas por hectares", explica Spirondello. Ele ressalta que fruto demora dois anos para atingir a maturidade.

Segundo o agricultor, José Guedes Pinto Sobrinho, que mora em Rio Claro e está produzindo o IAC Gomo-de-mel que chega à Campinas, a produção será ampliada para atender à demanda. "A pessoa que compra uma vez volta para comprar mais", e exemplifica ao falar sobre um produtor de Franca que veio para comprar mil mudas e depois de experimentar o abacaxi levou seis mil. A previsão é que a Capital tenha o abacaxi ainda este ano.

Spirondello antecipa que está desenvolvendo outro tipo de abacaxi, ainda melhor que o gomo de mel e ressalta a importância dos profissionais do IAC envolvidos nas pesquisas. "Não tivemos ainda nenhum tipo de recompensa financeira, mas é muito gratificante vermos os resultados iniciais do nosso trabalho".

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