Entre os desejos para 2013, você incluiu ser mais autoconfiante? Se a resposta for sim, Eduardo Shinyashiki, especialista em comportamento humano e autor do best seller “Transforme Seus Sonhos em Vida” (Editora Gente), explica de onde surge a inveja e como levantar a autoestima. Segundo ele, esse pecado capital é consequência da frustração e pode se manifestar querendo o que o outro tem ou desejando que ele perca o que conquistou, sendo sua raiz a baixa autoestima e a desequilibrada autoconfiança.

“A inveja em si é negativa, comporta sentimentos negativos e mesmo sentir isso não é prazeroso, mas dolorido. Na tentativa de recuperar um pouco de autoestima, a pessoa invejosa desvaloriza e critica quem percebe como melhor que ela, diminuindo o valor das pessoas”, afirma o especialista. Para ele, o primeiro passo para superar a inveja é, primeiramente, parando de se comparar continuamente e reconhecendo as próprias qualidades únicas e específicas, não comparáveis ou classificáveis com as dos outros.

“Para isso, o caminho do autoconhecimento é importante: assim se fortalece a autoestima, a autoconfiança e a identidade, para amar cada vez mais a nós mesmos e o que fazemos”, explica. Mas como reconhecer se somos autoconfiantes ou não? Eduardo Shinyashiki afirma que a sensação de se sentir impotente diante da vida, por exemplo, considerar-se incapaz de enfrentar as limitações e de mudar a si mesmo, é o sentimento que mais identifica a falta de autoconfiança e que paralisa a iniciativa e a ação, e lembra que os resultados, conquistas ou derrotas são consequências dos nossos pensamentos e emoções.

Autoconfiança x autoestima

Qual a diferença entre elas? O especialista explica que são dois conceitos diferentes, porém conexos. “O sentimento de autoconfiança se refere ao julgamento sobre as capacidades pessoais, já a autoestima se refere ao julgamento sobre o valor pessoal, a dignidade e unicidade como pessoa”, observa.

O autor, que também é presidente da Sociedade Cre Ser Treinamentos, revela as cinco atitudes que revelam autoconfiança:

1- Aceitação de si mesmo e do seu valor como pessoa e também da humanidade e fraqueza

2- Honesta avaliação das capacidades e reconhecimento dos pontos fracos para aprimorá-los

3- Busca do autoconhecimento, sem ter medo das próprias emoções e sensações

4- Independência da aprovação do outro. O baricentro da serenidade não está fora da pessoa, mas dentro dela, no seu caráter

5- Flexibilidade para enfrentar as variáveis da vida, sem perder o rumo

“É importante ter em mente que a pessoa só confiante, sem o equilíbrio do autoconhecimento, se torna presunçosa, arrogante e teimosa, incapaz de se olhar e observar ao redor e de analisar o próprio comportamento no contexto específico”, finaliza.