São Paulo Companhia de Dança traz espetáculos, oficina de dança, exibição de documentário e atividades educativas para estudantes, gratuitamente
Arnaldo JG Torres |  |
A São Paulo Companhia de Dança – criada e mantida há cinco anos pelo Governo do Estado de São Paulo e dirigida por Inês Bogéa –, sobe ao palco do Espaço Pés no Chão, em Ilhabela (Rua Macapá, 72 – Telefone: 12 3895-8104), litoral norte de São Paulo, nos dias 22 e 23 de fevereiro, às 20h. A apresentação é gratuita. O público terá a oportunidade de conferir três obras de seu repertório: Mamihlapinatapai, de Jomar Mesquita com colaboração de Rodrigo de Castro, Pas de Deux de Bachiana nº 1, de Rodrigo Pederneiras; e Grand Pas de Deux de Dom Quixote, de Marius Petipa. O espetáculo contará também com a projeção do documentário Canteiro de Obras 2012 – Ensaio Sobre o Movimento, dirigido pelo cineasta Evaldo Mocarzel. Além das noites de espetáculos, também entram no roteiro da Companhia na cidade duas atividades educativas e de formação de plateia para a dança. No dia 22, às 15h e às 20h, a SPCD apresenta o Espetáculo Aberto para Estudantes, que consiste na apresentação de coreografias e trechos de obras do repertório da Companhia, além da exibição de um vídeo e de uma atividade interativa ministrada pela diretora artística da SPCD, Inês Bogéa. Já na manhã do sábado, 23, às 10h, o professor do Instituto Superior de Arte do Teatro Colón e mestre contemporâneo de Ballet do Teatro San Martín, Mário Galizzi, ministra uma aula de balé clássico para alunos de dança e bailarinos em formação na Oficina de Dança – Técnica em Balé Clássico. As atividades educativas são gratuitas e sujeitas à lotação. Para se inscrever basta encaminhar um e-mail para educativo@spcd.com.br Sobre as obras Mamihlapinatapai (2012)
Coreografia: Jomar Mesquita com colaboração de Rodrigo de Castro Música: Marina de La Riva, composição de Silvio Rodrígues (Te Amaré Y Después); Rodrigo Leão (No Se Nada); e Cris Scabello (Tema final) Figurino: Cláudia Schapira Iluminação: Joyce Drummond Assistente de coreografia: Rodrigo de Castro Um olhar compartilhado por duas pessoas, cada uma desejando que a outra tome uma iniciativa para que algo aconteça, porém, nenhuma delas age. Este é significado de Mamihlapinatapai, palavra originária da língua indígena yaghan, de uma tribo da Terra do Fogo, que dá nome à obra de Mesquita. “Na coreografia, trabalhamos com a relação de desejo entre homem e mulher e, ao mesmo tempo, com esse ‘quê’ agregado ao significado dessa palavra e naturalmente, esse desejo não se concretiza”, explica o coreógrafo, que usou elementos desconstruídos da dança de salão para criar esta peça. Mesquita é diretor da Mimulus Cia. de Dança, de Belo Horizonte. Bachiana nº1 (2012)
Coreografia: Rodrigo Pederneiras Música: Bachianas Brasileiras nº 1, de Heitor Villa-Lobos (1887-1959) Execução: Violoncelistas da Osesp (Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo) com participação especial de Antonio Meneses e regência de Roberto Minczuk (gravação selo BIS, 2003) Iluminação: Gabriel Pederneiras Criada especialmente para a SPCD, no primeiro semestre de 2012, a coreografia, dividida em três movimentos, evidencia a brasilidade, o romantismo e a paixão do nosso povo. Os violoncelos que se sucedem a cada parte da música (Bachianas Brasileiras nº 1, Heitor Villa-Lobos) traduzem o gesto em si, e dessa afinação entre som e movimento surge a obra, que ganha acentos particulares no corpo de cada intérprete. Em Bachiana nº 1 a versatilidade dos bailarinos traz novas ênfases à linguagem de Pederneiras. Em Ilhabela será apresentado apenas o pas de deux desta obra. Grand Pas de Deux de Dom Quixote (1869)
Coreografia: Marius Petipa (1818-1910) Música: Leon Minkus Remontagem: Manoel Francisco Figurinos: Tânia Agra O Grand Pas de Deux de Dom Quixote é o momento do casamento de Kitri e Basílio, personagens principais dessa obra. Dançado pelo mundo todo, esse duo representa um grande desafio para os intérpretes não só pela qualidade técnica, mas também pela interpretação. Coreografado por Marius Petipa, o balé Dom Quixote é baseado num capítulo da famosa obra de Miguel de Cervantes, que narra as aventuras do barbeiro Basílio e seu amor por Kitri, a filha do taberneiro. O cavaleiro Quixote se apaixona por Kitri, confundindo-a com Dulcinéia, seu amor. Após aventurar-se pelo mundo em batalhas imaginárias contra ventos e moinhos, no último ato o protagonista celebra ao lado de seu fiel escudeiro Sancho Pança o casamento entre os dois apaixonados.
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