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SEÇÃO
Economia e Negócios
03/03/2013 - 11h09
Interiorização dos serviços de TIC
Sérgio Massao Jomori
 

Já faz um bom tempo que a região metropolitana de São Paulo apresenta sintomas claros de superlotação, como o trânsito caótico e a insegurança, que somados aos altos custos da megalópole, tem incentivado a migração de pessoas e empresas para outras cidades. Do outro lado, o interior paulista tem apresentado taxas crescentes de desenvolvimento, com notáveis avanços na infraestrutura e com custos menores de logística, que tem atraído cada vez mais empresas da capital e de outros estados.

Esta interiorização teve uma forte adesão de empresas do segmento de Tecnologia de Informação e Comunicação (TIC), não só as já existentes (como médias e grandes companhias que mudaram e/ou abriram filiais), como de novos negócios. Muitos desses novos empreendimentos foram iniciados por jovens com ideias inovadoras para o mercado.

Essa resultante teve uma boa adequação às cidades do interior paulista pelo próprio caráter do segmento. Em um contexto geral, o setor de TIC originou e ainda tem o seu desenvolvimento intimamente ligado aos centros de pesquisa e universidades. O exemplo mais conhecido, e com resultados mais expressivos, é o Vale do Silício na Califórnia (EUA), onde foram desenvolvidas diversas das principais inovações científicas e tecnológicas dos últimos 50 anos.

Assim como no “berço” norte-americano da tecnologia mundial, o mercado brasileiro, particularmente no estado de São Paulo, possui também uma forte influência das universidades. É notável a proximidade de instituições, como USP, ITA e UNICAMP, na concepção e formação de inúmeras empresas do setor de TIC.

Tal influência é facilmente identificada também nas maiores cidades do interior de São Paulo, como: Campinas, São José dos Campos, Ribeirão Preto, Sorocaba e São José do Rio Preto. Esta ligação é uma contribuição, extremamente vantajosa, para a formação de um dos principais insumos para o setor de TIC: a mão de obra especializada.

Outro fator determinante para o surgimento de empresas de TIC é a demanda gerada pelos setores da economia predominantes em uma determinada região. Um exemplo é a indústria de calçados na região de Franca, que propiciou o surgimento de diversas empresas especializadas em sistemas integrados de gestão para atender às demandas e aos requisitos específicos desse segmento.

Na região de Ribeirão Preto, por exemplo, é notável a importância do agronegócio, da saúde e do comércio na economia local. Já em São José dos Campos e outras cidades do Vale do Paraíba é destacado o papel da EMBRAER, do INPE e da indústria automobilística como demandantes de serviços de empresas e polos tecnológicos especializados.

Além da mão de obra qualificada, a interiorização das empresas de tecnologia conta com uma boa infraestrutura das cidades, que propiciam o surgimento de novas empresas e novos polos de tecnologia.

Esta infraestrutura é o resultado de uma soma de iniciativas e ações dos setores público e privado, que tem contribuído de forma significativa para o surgimento e a expansão de diversas empresas do setor no interior do estado e a descentralização da megalópole São Paulo.

Com todos esses aspectos positivos, as cidades do interior são uma excelente opção para a concretização de novos negócios e expansão dos já existentes, sustentando o fortalecimento e o crescimento do setor de TIC em São Paulo nos próximos anos.

É fundamental ressaltar a importância de entidades e associações na promoção de ações conjuntas de empresas e na geração de novas oportunidades. Atualmente já existem diversas associações de empresas regionais, como o PISO (Polo Industrial de Software) em Ribeirão Preto, a APETI (Associação de Profissionais e Empresas de TI) em São José do Rio Preto, entre outras e instituições de âmbito nacional, como o SEBRAE e o SOFTEX, que tem promovido diversas iniciativas para o desenvolvimento do setor de TIC no estado, atendendo às demandas, reivindicações e necessidades locais. Os bons resultados obtidos pelas associações existentes devem alavancar o surgimento de novas associações em outras cidades do estado. Além disso, também deve haver um aumento expressivo da atuação das entidades nacionais no atendimento às demandas locais e setoriais e na geração de novos negócios, incentivando o crescimento e o aumento da representatividade do setor de TIC na região e no estado.


Nota do Editor: Sérgio Massao Jomori é diretor da ASR Consultoria e vice-presidente da Assespro-SP (www.assespro-sp.org.br).

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