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SEÇÃO
Economia e Negócios
26/04/2013 - 16h03
O pequeno investidor e a inflação
Cláudio Ferro
 

A inflação voltou a preocupar o governo e a autoridade monetária nacional. Tanto é que na reunião de abril, o Comitê de Política Monetária (COPOM) elevou a taxa SELIC em 0,25 ponto percentual, de 7,25% para 7,50% ao ano.

Além de pesar no bolso do cidadão brasileiro, tirando o poder de compra, a inflação impacta diretamente nos investimentos, em especial daquele investidor que aplica pequenas quantias e não tem acesso a aplicações financeiras mais sofisticadas.

Vejam os números: em março, apesar da inflação medida pelo IPCA ter ficado em 0,47%, abaixo do índice de fevereiro, no acumulado de 12 meses ela está em 6,59%, ou seja, acima do teto da meta de inflação do governo, de 6,50%. No primeiro trimestre de 2013, a inflação ficou em 1,94%.

Utilizando os dados do primeiro trimestre de 2013, só teve retorno real o investidor que conseguiu taxa superior ao IPCA, ou a 1,94% no acumulado de janeiro, fevereiro e março. Para o investidor de pequenas quantias, isso é praticamente impossível. Como exemplo, basta pegar o retorno da caderneta de poupança no período. Nos três primeiros meses do ano, a poupança com a regra antiga rendeu 1,5075%. Já a caderneta de poupança que segue as novas regras teve rentabilidade de 1,2453%. Ou seja, quem investe na poupança, nesse início de ano, não conseguiu sequer repor a inflação.

Para esse ano, o mercado financeiro estima que a inflação medida pelo IPCA ficará acima da meta do governo (4,50%) em 2013. Segundo Boletim Focus de 22 de abril, a expectativa é de que o índice feche o ano com alta de 5,70%. Ou seja, a situação para o investidor continuará, provavelmente, muito parecida com a que temos agora.

Assim, qual a melhor saída para esse indivíduo se proteger da inflação, ou seja, ter um investimento que reponha a inflação e ainda ofereça algum rendimento? Para quem não tem acesso a investimentos mais sofisticados, uma saída é optar por investir parte do capital em títulos atrelados ao IPCA, como RDB (Recibo de Depósito Bancário), CDB (Certificado de Depósito Bancário) e ainda Títulos Públicos. Mas como funcionam os títulos atrelados à inflação?

Por exemplo, um RDB, com prazo de dois anos, que ofereça taxa de retorno de 3,40% ao ano mais o IPCA. Isso significa que, ao final do prazo, o investidor terá 3,40% de rendimento ao ano, isso já descontada a inflação.

É claro que o investidor, em especial os de pequenas quantias, deve tomar algumas precauções para garantir realmente sua rentabilidade, como por exemplo, buscar as melhores taxas, não aceitar diferenciação de retorno por conta dos valores investidos, afinal, hoje, há instituições financeiras que oferecem retorno semelhante ao de grandes valores, e buscar a garantia do FGC (Fundo Garantidor de Crédito), o que significa investir até R$ 70 mil por CPF em uma única instituição. Assim, para aqueles que não dispõem de grandes quantias para investir, essa é uma forma de se proteger da inflação.


Nota do Editor: Cláudio Ferro é presidente do Banco Ficsa.

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