A 20ª Educar/Educador, maior evento sobre Educação da América Latina, acontecerá na próxima semana, de 22 a 25 de maio, no Centro de Exposições Imigrantes, em São Paulo. Com mais de 200 palestrantes, 140 atividades em 10 auditórios, com capacidade total de aproximadamente 5 mil lugares, os congressos pedagógicos discutirão, sob diversos aspectos, a Educação 3.0: a Escola do Futuro chegou? A proposta do evento deste ano não é – como não foi nos anos anteriores – simplesmente tentar responder a pergunta do tema central. O objetivo é promover o debate em torno da chegada da tecnologia em todas as áreas da sociedade, em todo o mundo e, em especial, dentro do contexto educacional. “Temos que nos preparar para o futuro, onde todos possam aprender juntos e com humildade. Mais que tudo, unir o conhecimento do passado, do presente e do futuro”, diz Marcos Melo, diretor da Futuro Eventos, empresa que organiza e promove a 20ª Educar/Educador. Os congressos pedagógicos serão ministrados por renomados palestrantes nacionais e internacionais – a grande maioria doutores em alguma área ligada à educação. Entre eles, Philippe Perrenoud (Suíça), James Hunter (EUA), José Weisntein (Chile), Emília Ferreiro (Argentina), Cristovam Buarque, Guiomar Namo de Melo, Leonardo Boff, Mário Sérgio Cortella, Rosely Sayão, Win Veen (Holanda), Charles Hadji (França), Cesar Nunes, Marcos Meier, Gustavo Cerbasi, Júlio Groppa, Ozires Silva e outros. E no Brasil, a Educação 3.0 já chegou? Guiomar Namo de Mello, presidente do Conselho Estadual de Educação de São Paulo, diz que a escola do futuro já é tecnologicamente possível, mas, como toda obra humana, para que se concretize, depende da prática. “O modelo de escola será profundamente impactado pela tecnologia, mas, o vínculo entre quem ensina e quem aprende ainda é o principal canal de comunicação, que pode ser potencializado pela tecnologia”. O educador Celso Antunes abordará a temática do evento questionando “Como fazer a ponte de ligação entre a escola que temos para a que está (rapidamente) aparecendo?”. Para ele, “a escola que se transforma materializa o futuro, faz ressignificar a espera pelo amanhã”. Júlio Furtado, doutor em Ciências da Educação pela Universidade de Havana (Cuba), corrobora com Antunes ao apontar que a “a escola do futuro está insistentemente batendo à porta, mas ainda não a deixamos entrar. Os apelos estão cada vez mais fortes para que ela chegue, pois o desenvolvimento tecnológico e seus paradigmas provocam desconfortos, com os quais a escola não sabe mais o que fazer”. O presidente do Sindicato dos Especialistas de Educação do Ensino Público Municipal de São Paulo (Sinesp) João Alberto Rodrigues de Souza, por sua vez, relata que o conceito de Educação 3.0 está associado ao de Sociedade 3.0, caracterizada por ênfase na inovação, por aceleradas mudanças tecnológicas e sociais. “É inútil e inviável tentar desvincular a escola dessa sociedade da inovação. Ela está lá, mediando as relações e experiências vividas intra-muros. A escola do futuro já chegou”. Embora favoráveis à associação da educação com a tecnologia, alguns palestrantes fazem ressalvas quanto ao futuro do atual presente da escola brasileira. “A educação do futuro chegou, mas não está acessível a todo mundo. Não é tão imediata, pois é uma questão de postura do professor, que vai tentar dar algumas aulas com esse material novo, mas vai continuar dando a aula dele. Até superar isso e ver que dá certo trabalhar com tecnologia ainda vai demorar, não será assim de imediato”, diz Marcos Meier, mestre em Educação pela Universidade Federal do Paraná, cuja palestra na Educar/Educador será “Quanto menos fizermos pela educação brasileira, mais distante estaremos do futuro”. Mais categórico ainda é o Presidente do Sindicato dos Professores em Educação no Ensino Municipal de São Paulo (Sinpeem) Claudio Fonseca: “Não! O que chegou antes foi o futuro. Temos um mundo de novas tecnologias, da robótica, da informática, da microeletrônica e escolas despreparadas para responder às necessidades e desafios postos por essa realidade. Deveríamos, mais do que entender sobre o seu significado, mobilizar a sociedade como um todo para a modernização das escolas, para a valorização do ensinar e do aprender, e usar as novas tecnologias como meio, e não como fim em si mesmo, no processo educativo”. Os Congressos pedagógicos internacionais serão divididos em: 20º EDUCADOR (Congresso Internacional de Educação), 10º AVALIAR (Congresso Internacional sobre Avaliação na Educação), 9º EDUCADOR MANAGEMENT (Seminário Internacional de Gestão em Educação), 8º INFÂNCIA&CIA (Congresso Internacional de Educação Infantil e Séries Iniciais), 3º EDUCATEC (Fórum Virtual Educa de Tecnologia e Inovação em Educação) e 2º PROFITEC (Congresso Internacional sobre Educação Profissional e Tecnológica). Nos mesmos dias, o Centro de Convenções Imigrantes, em São Paulo, receberá a 20ª Feira EDUCAR (Feira Internacional de Produtos e Serviços para a Educação) que, por sua vez, trará a exposição de produtos e serviços inovadores, através de centenas de empresas nacionais e internacionais do segmento. O evento (Educar/Educador) é um dos poucos no mundo que reúne, em um mesmo local, congressos e feira com exposição de inovações tecnológicas. A 20ª Feira Educar ocupará uma área total de 25.000m², com mais de 200 empresas expositoras e público superior a 15 mil visitantes. O evento contará com o apoio da Worlddidac e da Virtual Educa, chancelas de referências internacionais no segmento educacional.
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