Nenê Velloso

O recapeamento asfáltico da Av. Rio Grande do Sul e a implantação da ciclovia aconteceram no governo Eduardo Cesar, que terminou o mandato e não terminou a obra, faltando para a conclusão a demarcação da pista e a pavimentação da calçada na cabeceira do aeroporto Gastão Madeira (veja foto situação hoje). O acabamento final ficou para a dupla petista sucessora, Maurício Moromizato & Caribé.

Em rua de mão dupla, jamais poderia ter ficado sem demarcação da faixa central porque vira terra de ninguém. É um crime! E, pelo andar da carruagem do novo prefeito, vai continuar assim, até acontecer um atropelamento grave ou até mesmo fatal.

No presente momento, foi feito apenas a capina da calçada e os transeuntes foram empurrados para o leito carroçável, entre os carros e um punhado de motoqueiros e ciclistas desvairados e impunes. E não é só isso, também alguns pedestres que atravessam as ruas teclando o celular ou ao pé do ouvido, como se estivessem em um imenso pasto, não se preocupando com nada. Quando do término da capina da calçada, já deveriam ter jogado ali, imediatamente, uma camada de concreto magro e sarrafeado, que já era meio caminho andado para depois dar o acabamento final.

O detalhe da foto mostra que os mais precavidos, para se livrarem do trânsito agressivo, vão andando por altos e baixos e pulando por cima de pedaços de concreto, garrafas quebradas etc. Em minha opinião, esta ciclovia de mão dupla deve ser ampliada de no mínimo mais 0,30 m de largura, em toda sua extensão, porque quando chove não passa dois ciclistas com guarda-chuvas. Aí fica complicado, porque quem transita do lado da calçada em alguns trechos esbarra no desnível entre o asfalto e a sarjeta (serviço porco) e a queda pode ser fatal. Na Rua Conceição já aconteceu vários acidentes entre os ciclistas pelo desnível brusco do asfalto/sarjeta. Bom... aqui em Ubatuba tudo é feito no tapa e é visível a olho nu. Temos até lombada na ciclovia! Vamos ver se a dupla petista consegue mudar isso! Eu ainda acredito, até quando não sei!

Neste trecho da avenida, deveria ter uma calçada de ambos os lados, feito isso, poderiam excluir as lombadas, já que todas as lombadas da cidade foram construídas em desacordo com a resolução 39 do CONTRAN. Os motoqueiros usam as lombadas como rampas, e até aumentam a sua velocidade e seguem impunes. Lombada para mim é sinônimo de incompetência, porque nós temos outros meios de punir os infratores.

Aqui na revista O Guaruçá foram publicadas as matérias: “Acesso a BR-101 em Ubatuba” em 22-10-2012, “Demarcação de trânsito” em 13-11-2012 e “As fotos não mentem, também em Ubatuba” em 19-12-2012... e nada foi feito até hoje pela atual administração petista. Os vereadores e a imprensa local estão calados, isso quer dizer que concordam com esta situação caótica no trânsito da cidade. Nestes locais citados inexiste demarcação e o problema, hoje, pode ser resolvido apenas com duas latas de tinta “borracha clorada” de 18 litros e dois galões de thinner, totalizando mais ou menos em dois mil reais. Brincam com vida das pessoas, vale menos que uma lata de tinta?

Tudo isso acontece gerado pela incompetência do departamento de trânsito municipal da gestão passada e os herdeiros petistas dão continuidade com competência. Será que esta cidade vai brilhar um dia? Eu acredito! Agora... com um pé atrás, mas, já estou sentido passar para o outro.

Há 46 anos, portanto em 1967, o ex-prefeito Matarazzo em uma reunião de conciliação com os vereadores de Ubatuba, na sua residência na Prainha, no encerramento disse: “Ubatuba tem tudo... é só administrar, vocês precisam pensar como empresários, têm que olhar para o futuro de Ubatuba”.

E, 46 anos se passaram. Vejam a baga que se encontra Ubatuba hoje!

O prefeito eleito da cidade irmã gêmea (Taubaté), já está cumprindo o que prometeu na campanha política, deu início ao novo projeto do sistema viário da cidade, começando pelo bairro da Independência. E AQUI EM UBATUBA, COMEÇA QUANDO? O projeto está engavetado e vai completar 46 anos de gaveta em 05-10-2013.

Ubatuba vive hoje uma situação desesperadora em todos os setores e o estopim que foi aceso pós o governo Matarazzo está queimando e agora chegou ao fim, e, se nada for feito nesta gestão, vai explodir. As modificações na malha viária têm que ser radicais. Eu disse: radicais!