Sistemas de automação têm garantido grandes novidades no mercado. Mas todo esse avanço tecnológico traz à tona a discussão sobre ganhos e perdas da automação, principalmente no que se refere à substituição de funcionários por máquinas. Na opinião de Sylvio Rosa, presidente da Fundação ParqTec, primeira incubadora do país, empresas que não investem em novas tecnologias e na capacitação de seus funcionários acabam ficando para trás, perdendo condições de competitividade. "Se, por um lado, a automação alimenta o temor de desemprego numa ponta, por outro, na outra ponta, gera cada vez mais empregos na fomentação de novas idéias e novas tecnologias", diz Rosa. O consultor em automação comercial Márcio Blak é responsável pelo SnackControl, software de automação e gestão para os setores de alimentação e food service. Com a experiência de ter implantado o sistema em mais de quatro mil pontos de venda, incluindo as redes Bob’s, Spoleto, Rei do Mate e Bonaparte, Blak entende que os sistemas informatizados proporcionam algumas vantagens para a mão-de-obra. "Esse tipo de automação permite ao funcionário atender um número maior de clientes e reduz a possibilidade de erros. Isso garante um atendimento mais eficiente", explica Blak, com uma ressalva: "A tecnologia vai privilegiar somente aqueles que se adaptarem às novas soluções". Pedro Luiz Roccato, diretor da Direct Channel, consultoria de varejo que desenvolve projetos especializados para a indústria de eletro-eletrônicos, TI e Telecom, também concorda que a tecnologia só tem a contribuir para um melhor atendimento ao cliente. "A tecnologia permite que o varejista ofereça um atendimento mais segmentado e individualizado já que consegue deter mais informações de seus clientes como perfil de compra e preferências, por exemplo", diz o consultor. Para ele isso aumenta ainda mais a satisfação de seus clientes. "O varejista deve usar a tecnologia a seu favor, aprimorando cada vez mais o seu serviço".
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