Irmãos Irons se enfrentam nas oitavas-de-final na Gold Coast, Austrália
| Steve Robertson |  | | | Assunto: O havaiano Andy Irons no Quiksilver Pro da Austrália. |
|
Mesmo competindo em ondas normais de 1 metro de altura em Snapper Rocks, nenhum brasileiro conseguiu passar da terceira rodada na etapa de abertura do ASP Foster’s World Championship Tour 2005 na Austrália. O catarinense Neco Padaratz perdeu para Phillip MacDonald, o cabo-friense Victor Ribas foi derrotado pelo vice-campeão mundial Joel Parkinson e o também australiano Mark Occhilupo despachou o potiguar Marcelo Nunes, com os três terminando empatados em 17º lugar na Gold Coast. O melhor da segunda-feira no Quiksilver Pro foi o tricampeão mundial Andy Irons, que somou 18,07 pontos de 20 possíveis e seguiu para enfrentar seu irmão Bruce Irons nas oitavas-de-final. O confronto será um tira-teima entre os dois. No ano passado, Bruce derrotou o número 1 do mundo no WCT de Trestles, na Califórnia, Estados Unidos, mas Andy deu o troco vencendo-o na grande final da etapa da França, em Hossegor. A previsão é de que a competição continue nesta terça-feira em ondas bem maiores do que as encontradas até agora na Gold Coast australiana. As disputas podem ser acompanhadas on-line em vídeo e locução em português de Roberto Perdigão no www.aspworldtour.com. As grandes surpresas entre os dezesseis finalistas são os estreantes do WCT 2005, o havaiano Frederick Patacchia e o norte-americano Chris Ward, que ainda detém os recordes de maior nota - 10,0 - e pontuação - 19,50 pontos - do Quiksilver Pro 2005, registrados em sua vitória sobre o havaiano Kalani Robb na repescagem. Patacchia despachou o veterano Luke Egan na primeira bateria da segunda-feira e Ward ganhou o confronto entre recordistas contra o melhor da primeira fase classificatória na Gold Coast, Taj Burrow. Já as melhores apresentações da terceira fase em Snapper Rocks foram as do havaiano Andy Irons, que totalizou 18,07 pontos em suas duas maiores notas, do australiano Mick Fanning, que marcou 17,77 pontos e a do norte-americano Kelly Slater, que somou 17,53 pontos. Entre os brasileiros, o que deu mais trabalho ao seu adversário foi o cabo-friense Victor Ribas, quinto colocado na Gold Coast no ano passado, que computou 11,40 pontos contra 15,54 pontos do australiano vice-campeão mundial Joel Parkinson. Antes de Vitinho, o catarinense Neco Padaratz já havia sido facilmente batido pelo também australiano Phillip MacDonald na terceira bateria do dia por 12,70 x 9,46 pontos e o potiguar Marcelo Nunes foi o último brasileiro a cair. Na 12ª bateria, ele foi derrotado pelo campeão mundial de 1999, Mark Occhilupo, por uma larga vantagem de 16,06 x 10,93 pontos. Com as derrotas, os três terminaram empatados em 17º lugar no Quiksilver Pro, com cada um recebendo 4.500 dólares de prêmio e marcando 410 pontos no primeiro ranking mundial do WCT 2005. Já outros quatro representantes do Brasil na elite do surfe mundial não venceram nenhuma bateria na Gold Coast, com Peterson Rosa (PR), Paulo Moura (PE), Raoni Monteiro (RJ) e Renan Rocha (SP), ficando em 33º lugar na repescagem e ainda levando 3.600 dólares pela participação, mas apenas 225 pontos no ranking. Enquanto isso, os dezesseis escalados nas oitavas-de-final já garantiram um mínimo de 5.300 dólares e 600 pontos, mas todos estão de olho mesmo é no troféu de campeão, que vem recheado com uma bolada de 30.000 dólares e 1.200 pontos que valem a liderança na corrida pelo título mundial que há 3 anos é conquistado pelo havaiano Andy Irons. O hexacampeão Kelly Slater já anunciou que está mais concentrado do que nunca para tentar recuperar a coroa que foi sua pela primeira vez em 1992 e consecutivamente de 1994 a 1998, quando resolveu dar um tempo e se afastar da dura rotina do Circuito Mundial. Na segunda-feira, Slater bateu o estreante australiano Bede Durbidge por 17,53 x 14,20 pontos. Os outros fortes candidatos ao título de Andy Irons são os australianos Joel Parkinson e Mick Fanning, que está retornando às competições depois de quase um ano de ausência devido a uma contusão sofrida enquanto treinava na Indonésia. Ele simplesmente massacrou o veterano havaiano Sunny Garcia com um largo placar de 17,77 x 5,67 pontos na segunda-feira. "Eu tenho muito respeito pelo Sunny, pois desde que eu era criança sempre gostei do seu modo de surfar. Sorte para mim que ele não conseguiu achar boas ondas na bateria. Lógico que gostaria de vencer aqui em casa, mas minha concentração no momento é passar bateria por bateria e o título poderá ser uma conseqüência disso", disse Fanning, que agora vai enfrentar o norte-americano Damien Hobgood nas oitavas-de-final. Os outros confrontos serão entre Trent Munro (AUS) e Frederick Patacchia (HAV) na primeira bateria, C. J. Hobgood (EUA) x Phillip MacDonald (AUS) na segunda, os irmãos Andy e Bruce Irons se enfrentam na quarta bateria, Joel Parkinson pega Tom Whitaker na quinta, na sexta tem os também australianos Mark Occhilupo e Nathan Hedge, Kelly Slater (EUA) está na sétima com Richard Lovett (AUS) e Troy Brooks (AUS) e Chris Ward (EUA) disputam a última vaga para as quartas-de-final. Quiksilver Pro - Oitavas-de-final 1- Trent Munro (AUS) x Frederick Patacchia (HAV) 2- C. J. Hobgood (EUA) x Phillip MacDonald (AUS) 3- Damien Hobgood (EUA) x Mick Fanning (AUS) 4- Andy Irons (HAV) x Bruce Irons (HAV) 5- Joel Parkinson (AUS) x Tom Whitaker (AUS) 6- Mark Occhilupo (AUS) x Nathan Hedge (AUS) 7- Kelly Slater (EUA) x Richard Lovett (AUS) 8- Troy Brooks (AUS) x Chris Ward (EUA) Os brasileiros no ranking do WCT 2005 17- Neco Padaratz (SC) - 410 pontos 17- Marcelo Nunes (RN) - 410 17- Victor Ribas (RJ) - 410 33- Peterson Rosa (PR) - 225 33- Paulo Moura (PE) - 225 33- Raoni Monteiro (RJ) - 225 33- Renan Rocha (SP) - 225
|