Considerado o 5º país com maior violência no trânsito, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o Brasil perde 150 pessoas por dia em acidentes nas estradas do país. O Instituto Sangari, especializado em pesquisas científicas, também destacou o Brasil como o segundo do mundo em mortes em acidentes de motos. O gerente de Pós-venda da Copagra, Francisco Oliveira, lembrou que grande parte dessas mortes ocorre por negligência, imperícia ou imprudência. “Esses são os três pilares da direção defensiva, o que comprova que o brasileiro não promove a segurança da sua própria vida no trânsito”, revela. A concessionária gaúcha representante da Ford em Porto Alegre sabe a importância do tema e dá dicas de como colocar em prática a direção defensiva. Respeito Para Oliveira, o respeito é a base de toda relação entre o motorista, o carro e o ambiente em que se encontra. “Dirigir de forma defensiva é uma questão de respeitar as regras de trânsito simplesmente. Placas, velocidade, distâncias são alguns dos pontos mais desrespeitados pelos condutores”, disse. A ideia de que nunca vai acontecer com o seu carro é antiga e retrógrada. “Acidentes podem acontecer com qualquer carro, na maioria dos casos o que diferencia um percurso inseguro de um seguro é o motorista”, revela. Portanto, a Copagra indica que os manuais dos veículos, as regras e leis de trânsito devam ser compreendidos por completo. Além disso, estudar (relembrar) o significado de todas as placas faz toda a diferença. O tempo Ninguém pode mudar o clima. Mas o motorista pode escolher entre adiar a viagem ou optar pelo transporte público, evitando correr os riscos que uma pista molhada oferece, por exemplo. “Chuvas, temporais, granizos e outros fenômenos climáticos podem causar acidentes. Por isso, o condutor deve ter bom senso na hora de sair com a família ou mesmo ir ao supermercado com o veículo. Atrasar algumas horas ou mesmo um dia algum programa é menos traumático do que um grave acidente com vítimas”, indica. O sol também pode ser um fator decisivo na hora de perceber uma ultrapassagem, por exemplo. “Todo cuidado é pouco”, conclui Oliveira. Manutenção Além de preservar a lataria, o motor e os demais itens do veículo, a manutenção é uma grande parceira da segurança no trânsito. Freios, por exemplo, são fundamentais e precisam estar em perfeito funcionamento. “Segurança é investimento sempre. O motorista deve fazer as revisões periódicas do carro, principalmente antes de viagens”, contou. Prevenir para não remediar É importante que o motorista esteja por dentro de tudo que pode acontecer, dos riscos e das atitudes mais seguras em cada caso. Conhecer o veículo, a estrada e a lei são obrigações do condutor que deseja proteger a vida de quem anda ao seu lado. Ocupar duas faixas, não respeitar a faixa dupla, avançar a faixa de pedestres, desrespeitar cruzamentos são algumas atitudes mais comuns de motoristas irresponsáveis. “A pressa faz com que as pessoas não pensem muito na hora de quebrar uma regra de trânsito. Além disso, todo mundo acredita que o amuleto da sorte evita mortes e protege o veículo. A fé é fundamental na vida das pessoas, mas nossas atitudes é que conduzem o carro”, alerta.
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