Está enganado quem pensa que os veículos só necessitam de revisão no final do ano ou antes das viagens. O uso dos veículos no dia-a-dia pode, mesmo em percursos menores, ser até maior do que em um percurso longo. Entram aí as qualificações de uso severo dos veículos. De acordo com Ildeumar Fernandes, diretor do Sindicato dos Concessionários e Distribuidores de Veículos Autorizados do Distrito Federal (SINCODIV/DF), o uso severo é totalmente o contrário do que se imagina. “Há quem pense que pegar o carro de manhã, andar pouco até o trabalho e só pegar o carro no final da tarde ocasiona em desgaste menor. Mas é totalmente ao contrário: quando o carro é utilizado em trajetos curtos, o motor pode não ter atingido a temperatura ideal de funcionamento, o que corre o risco de acarretar em desgaste prematuro de alguns componentes. Por isso a importância de permanecer sempre atento à manutenção”, afirma. Um dos atrativos da manutenção preventiva apontados pelo diretor é evitar que o carro sofra com problemas mecânicos simples como pastilhas de freios gastas, pneus carecas e correia dentada. “Além de garantir o bom desempenho dos veículos, esses cuidados simples trazem mais segurança para o motorista e evitam gastos não programados”, comenta o diretor, lembrando que a manutenção periódica prolonga a vida útil do motor e facilita a revenda. Barato que sai caro – Pequenas medidas de prevenção podem economizar um tempo precioso. A troca de óleo, por exemplo, pode ser feita em, no máximo, uma hora, enquanto que não fazer o serviço pode significar ficar sem carro vários dias. A negligência com os cuidados básicos do carro pode custar caro também. “A falta de cuidados com itens básicos de uma revisão, como óleos, filtros e correias, pode representar danos que chegam a 40% do valor de mercado do veículo, dependendo do modelo”, alerta Fernandes. Ainda de acordo com o diretor do SINCODIV/DF, outro cuidado importante é na hora de escolher a oficina. “Um serviço malfeito pode representar dor de cabeça. A utilização de peças defeituosas, recondicionadas e falsificadas são alguns dos riscos que o cliente está correndo”, orienta. Existem coisas simples que você mesmo pode checar. Confira: • Nível do óleo: o ideal é que o veículo esteja em lugar plano, com motor frio e, pelo menos, seja checado 10 minutos após desligar o motor. A vareta indica o nível mínimo e o nível máximo. Se o nível estiver abaixo do mínimo, deve-se completar com o mesmo óleo utilizado a cada troca; • Nível do líquido de arrefecimento: para quem lê o manual parece coisa de outro mundo. Mas é apenas a água do radiador. O reservatório indica o nível mínimo e o nível máximo. É recomendado que quando a água esteja suja, faça-se uma limpeza no sistema. Então, substitui-se o líquido sujo que estava dentro por uma solução de 50% de água e 50% de aditivo, que ajuda a manter a integridade dos componentes do motor; • Calibragem de pneus: o manual dos veículos indica qual a pressão correta. O procedimento pode ser feito em qualquer lugar que tenha uma bomba para calibragem; • Substituição de filtros: filtro de ar, de óleo e de combustível evitam que as impurezas cheguem ao motor. O de óleo deve ser trocado junto com o óleo, junto com o de combustível. O de ar pode variar entre uma troca sim e uma troca não. O Antipólen, para carros que possuem ar-condicionado, é indicado que seja trocado a cada seis meses: ele filtra o que você respira, enquanto está no interior do veículo; • Partida a frio: alguns dos veículos flex possuem um tanquinho no motor. Ele serve para auxiliar a partida quando os motores estão abastecidos com etanol. Este tanquinho deve ser checado e indica-se abastecer com gasolina de alta octanagem.
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