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SEÇÃO
Economia e Negócios
15/03/2005 - 14h50
É necessário investir
Dalbi Arruda
 

A partir da análise dos resultados apresentados pela economia no início deste ano é possível determinar hoje, com mais clareza, o que poderá ser 2005 para o País. Por certo os juros continuarão altos, a desvalorização cambial trará mais dificuldades às exportações e as demandas por bens primários seguirão pressionando seus preços e, por conseqüência, fomentando a inflação.

Por causa deste cenário, já começaram a surgir em profusão no País proposições do que pode ser feito para se reagir rapidamente a esta situação. Porém, de nada adiantará pensar em atingir bons níveis de crescimento e, conjuntamente, diminuir o enorme abismo social existente, sem uma atuação pragmática. A realidade é que fazer investimentos a partir de iniciativas próprias parece ser um dos caminhos mais viáveis e breves para se superar - ou pelo menos enfrentar - as dificuldades futuras, visto que a indústria nacional está a beira de uma crise de exaustão, com os patamares de utilização da capacidade em um dos níveis mais altos da história.

Viabilizar internamente estes caminhos para que a indústria siga sua rota de expansão, fazendo seus produtos e serviços chegarem para um público cada vez maior no Brasil e Exterior, indica ser hoje a única saída visível de curto prazo para se continuar crescendo. Portanto, às empresas faz-se necessário identificar exatamente que etapas de sua cadeia são prioritárias e devem ser atingidas pelos investimentos. Somar a análise de retorno deste investimento a eficiência que o fim deste gargalo trará ao seu negócio e para a cadeia de abastecimento a qual pertence, é o caminho mais seguro para se garantir sucesso na empreitada.

Deve-se ter em mente que sem investimentos o fracasso do vôo da galinha é certo. Porém, ficar somente discutindo e focando em qual iniciativa desenvolver estes investimentos - Parceria Público Privada ou governo, unilateralmente - poderá ser mais sofrível do que procurar soluções próprias. Para sustentar um crescimento mínimo de 5% ao ano, terá que ser investido no País pelo menos 25% do PIB, segundo a FIESP. Este patamar de investimentos também não se atingirá somente com os métodos já citados de levantamento de recursos.

Esperar pela taxa de juros num índice que justifique os tradicionais cálculos de retorno, pode também significar a perda da oportunidade de crescimento e desenvolvimento das empresas. Dessa forma, torna-se preponderante pensar no todo e investir naquilo que realmente interessa nas organizações e seus respectivos setores, sem necessariamente se vincular a uma parceria ou incentivo - mesmo que com isso tenha que se enfrentar o desafio do cálculo do capital investido e de seu retorno. O que não pode é deixar de investir. Isso é crucial para não se perder de vez a queda de braço com os problemas que já se pronunciaram perdurar ao longo de 2005.


Nota do Editor: Dalbi Arruda é gerente-sênior da consultoria BearingPoint.

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