Julio Madarász, filho de húngaros, é o responsável pela biblioteca “Hans Staden”, do Colégio Dominique, que conta hoje com 7.800 volumes, o maior acervo classificado entre as escolas particulares de Ubatuba. Vale citar que esta quantidade não contabiliza os 600 títulos do Polo Uninter de Ensino Superior, nem os 200 do NINJA – Núcleo Infantojuvenil de Aviação, volumes que também são gerenciados pela Biblioteca Hans Staden, sob a supervisão do Instituto Salerno-Chieus. A Biblioteca Hans Staden começou a ser organizada em 1989, ano da implantação da primeira série do Ensino Fundamental do Colégio Dominique. O acervo inaugural foi uma doação de parte da biblioteca particular do professor e advogado, Arnaldo Chieus. As primeiras ações foram marcadas pelo Programa de Incentivo à Leitura e a publicação de uma apostila tratando do tema Folclore. A biblioteca traz, em seu nome, uma homenagem ao viajante Hans Staden, autor de ‘Duas Viagens ao Brasil’, publicado originalmente em 1557, em Marburgo (Alemanha). Trata-se do primeiro livro no mundo a retratar as nossas terras. Para o professor Julio Madarász, é uma satisfação comandar a organização da biblioteca. Seu entusiasmo pelo trabalho é visível, preocupando-se em reforçar a importância da leitura para que o aluno fale e escreva corretamente. Ex-professor de Português e Grego e – por 30 anos – responsável por aulas de Latim no Colégio Beatíssima Virgem Maria, no Brooklin Paulista, é constantemente consultado por alunos e professores, compartilhando generosamente seu vasto conhecimento geral, como a experiência traumática de Budapest durante a Segunda Guerra Mundial, quando a Hungria foi alvo da invasão russa. “Perdi parentes e nossas casas foram tomadas, mas o pesadelo acabou”. Durante os últimos 9 anos, Julio integra o Colégio Dominique onde, antes de assumir a organização da Biblioteca Hans Staden, foi professor de português e deu aulas complementares para alunos de pedagogia do Polo Uninter de ensino superior. “O latim garante a base para a gramática da língua portuguesa e é a bússola mais segura para eliminar todas as dúvidas”, afirma Julio Madarász. Por meio da biblioteca a direção escolar indica a leitura de, no mínimo, uma obra por bimestre, atendendo sugestões de universidades. Os autores e temas estão de acordo com o estágio e idade dos alunos, como por exemplo: A Hora da Estrela (Clarice Lispector, 3º ensino médio); Longe dos Olhos (Ivan Jaf, 9º ano); O Mestre dos Games (Afonso Machado, 7º ano); A Moreninha (Joaquim Manoel de Macedo, 1º ensino médio); Dom Casmurro (Machado de Assis, 2º ensino médio) etc. A leitura contínua de obras de diferentes autores prepara os futuros vestibulandos para as provas e para a vida. Para Celso Teixeira Leite, secretário-executivo do Instituto Salerno-Chieus, 2014 será especial pois a Biblioteca Hans Staden completará 25 anos. Um extenso calendário de eventos foi programado pelo Colégio Dominique para brindar, com a comunidade escolar, mais esta conquista. O Instituto Salerno-Chieus divulgará, no início do ano letivo, a programação completa das atividades, que prevê interação com outras bibliotecas e outros estabelecimentos de ensino.
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