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11/12/2013 - 20h29
13 de dezembro é o Dia Nacional do Cego
Ydileuse Martins
 

De acordo com o último Censo Demográfico do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE, mais de 45,6 milhões de brasileiros tem algum tipo de deficiência. O número representa 23,9% da população do País. Deste universo, um dado chama atenção: a deficiência que mais apareceu entre as respostas dos entrevistados foi a visual atingindo 35,7 milhões de pessoas. Na próxima sexta-feira, 13 de dezembro, é o Dia Nacional do Cego, data em homenagem a todo esse contingente, criada em 1961, pelo então presidente Jânio Quadros, em decorrência da necessidade de incentivar o princípio da solidariedade humana, mundialmente estabelecido no princípio da Declaração Universal dos Direitos Humanos, o qual preserva o Direito fundamental de solidariedade e igualdade entre todos, sem qualquer tipo de discriminação ou distinção.

Contudo, mais de 50 anos após a data ser instituída, convivemos com um enorme problema: a dificuldade de colocação do deficiente visual no mercado de trabalho. Mesmo com a edição da Lei nº 8.123/1991, a qual obriga as empresas com cem ou mais empregados a preencher de 2% a 5% dos seus cargos com portadores de deficiência, a inclusão do cego no universo trabalhista continua a ser um enorme desafio.

Tudo porque muitos empregadores acreditam que uma deficiência pode afetar todas as funções do indivíduo. A maioria desconhece que o cego pode realizar diversas atividades e crêem que ele não se integrará no mercado de trabalho com seus demais colegas ou poderá ocasionar acidentes. Além disso, há o governo e as próprias associações que atendem os cegos que não divulgam nenhuma campanha acerca do assunto nem falam sobre os softwares leitores existentes no mercado e que, por meio de leitores de tela, essas pessoas têm acesso a todos os recursos do computador.

A verdade é que a maioria dos deficientes está desempregada por conta de dois fatores: em primeiro lugar, o preconceito continua a ser um enorme desafio. Em segundo lugar há carência de formação básica. A ideia “vendida” é que o empreendedor terá que fazer adaptações de altíssimo custo na empresa, investindo em computadores e ferramentas extremamente caras e de última geração.

Por essas e outras é que a lei de inclusão de portadores de necessidades especiais vem causando muita polêmica desde que entrou em vigor. Incluir os deficientes visuais no mercado de trabalho pode representar uma crise ou uma oportunidade para todas as empresas, independentemente do porte ou do segmento em que atuam. Ou seja: só depende dos empregadores a promoção da diversidade no mercado de trabalho. Está mais do que claro que as pessoas com deficiência podem atuar em qualquer atividade. Basta apenas estarem devidamente capacitados para a função, da mesma forma que se prepara qualquer novo empregado. A pessoa com deficiência visual é um cidadão como os demais, com habilidades, aptidões, interesses e capacidade produtiva. A única coisa que eles necessitam é de oportunidades para desenvolver suas vocações e potencialidades.


Nota do Editor: Ydileuse Martins é advogada trabalhista e previdenciária da IOB Folhamatic EBS, empresa do Grupo Sage.

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