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SEÇÃO
Economia e Negócios
24/03/2005 - 05h26
Juros ilegais: uma prática comum no Brasil
 
 

A oferta de dinheiro com taxas proibitivas é grande no mercado: cabem em todos os bolsos.

Imagine ter R$ 1 mil na mão e deixar R$ 500 voarem. Essa é a sensação que você poderá ter se precisar de um empréstimo e conseguí-lo através das financeiras, que aplicam um percentual de juros até oito vezes maior do que a taxa básica estipulada pelo Banco Central. Taxas que também aparecem no que é cobrado pelos bancos e por lojas que trabalham com crediário. A saída para fugir do abuso, é saber exatamente pelo que se está pagando, uma vez que tornou-se uma prática comum cobrar juros de forma ilegal e exorbitantes no país.

É sobre as pessoas de baixa renda - geralmente menos instruídas e que não questionam taxas de juros - que o ganho de bancos e financeiras é maior.

As pessoas deveriam se planejar mais. Quando não se sabe administrar o que se ganha e o que se gasta, as dívidas viram uma bola de neve. Embora as pessoas demonstram consciência sobre o assunto, não condiz com a prática. Muitas delas estão desembolsando R$ 1.220 em 10 vezes para pagar um empréstimo de R$ 600 feito para cobrir contas de cartões de crédito.

E quanto menores são os valores, mais aparentes fica o alto ganho com juros. Uma dívida de R$ 400 com o cartão de crédito as pessoas acabam procurando financeiras para pegar dinheiro emprestado. Vai devolvê-lo em 12 vezes de R$ 87. No fim do financiamento, pagará R$ 1.044, ou seja, 161% a mais do que lhe foi emprestado. É alto demais o preço, mas quando as pessoas estão precisando não pode fazer nada, lamentam muitas delas que aderem aos empréstimos, que não faz pesquisa para saber onde encontraria menores taxas por já ter feito um empréstimo com a mesma empresa.

Apesar de ser uma prática ilegal, é praxe do mercado cobrar juros compostos, visto que a Justiça condena o anatocismo, que é a prática de se cobrar juros em cima de valores nos quais eles já estão cobrados (juros compostos). Financiamentos onde haja este tipo de cobrança são ilegais e podem ser questionados na Justiça.

Embora os juros pesem no bolso de quem toma dinheiro emprestado, não são tão significativos quando somam rendimentos a favor de quem empresta dinheiro aos bancos. No Banco do Brasil, por exemplo, em fundos que rendem "muito bem", as melhores taxas ficam entre 1,5% ao mês - para aplicações acima de R$ 500 mil - e cerca de 7,5% ao mês, como é o caso da valorização que ações como as da Petrobrás tiveram recentemente. Ações, no entanto, são consideradas apostas de alto risco, uma vez que suas cotações podem mudar repentinamente.

Basicamente, os riscos assumidos pelos bancos ao emprestar dinheiro são o motivo da diferença entre o que as instituições pagam e o que recebem por empréstimos.

Contudo, de acordo com dados do Banco Central, entre fevereiro de 1999 e agosto de 2003, a margem de lucro dos bancos representou, em média, 37,63% dos juros cobrados por eles. Outros componentes da taxa, como despesas administrativas e risco por inadimplência, não chegam a 20% do total.

Enfim, consumidores preparados e conscientizados com a "Educação Financeira", jamais buscará essas modalidades de empréstimos, é só partir para o abraço e ao sucesso de uma Vida Financeira Saudável.


Nota do Editor: Escrito originalmente por Cláudio Boriola - Consultor Financeiro - Palestrante especialista em Economia Doméstica e Direitos do Consumidor. Autor do livro "Paz, Saúde e Crédito", batizado por Paulo Henrique Amorim como "a bíblia dos endividados".

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