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10/02/2014 - 10h00
10 anos do Facebook e a vida continua a mudar
Pollyana Notargiacomo Mustaro
 

O conceito de redes sociais refere-se às relações estabelecidas entre pessoas ou grupos, sendo que as esferas envolvidas podem ser de caráter pessoal (amizade ou parentes) como também profissional ou mesmo de aprendizagem etc. Na sociedade contemporânea, esta arquitetura assumiu uma dimensão virtual ao possibilitar seu suporte midiático, estabelecendo uma comunicação instantânea, desterritorializada, móvel, dentre outras características. Tal avanço tecnológico possibilitou a instituição de sistemas de redes sociais online, estabelecidos a partir das conexões já existentes entre os participantes ou mesmo das similaridades existentes entre os perfis dos usuários que as integram, calculados por meio da utilização de algoritmos cuja função é fornecer subsídios para a sugestão de novos vínculos ou mesmo monitoramento dos já presentes.

Um exemplo de sistema de rede social online, com 1,23 bilhões de usuários ativos em 31 de dezembro de 2013 (segundo os resultados do relatório do quarto trimestre de 2013 da própria empresa) é o Facebook. Por meio do Facebook é possível postar mensagens, fotos, vídeos, comentários, além de criar fanpages para a discussão de assuntos específicos, constituindo um recurso para dispersão de informações, manutenção de amizades, aproximação de profissionais e discussão de temas vinculados a processos de aprendizagem, dentre tantas outras aplicações possíveis.

Este cenário pode ser abordado a partir de diferentes áreas ou mesmo enfoques específicos sendo aqui destacados três deles: a do uso desse sistema de rede social online para fins educacionais, a recente preocupação com a privacidade e as questões relacionadas ao cyberbulling.

Em relação ao uso de tecnologias no âmbito educacional, mais especificamente de aplicações Web 2.0 como o Facebook, cabe enfatizar que o público estudantil do século XXI se utiliza de computadores, dispositivos móveis (como, por exemplo, celulares e tablets) para o estudo, trabalho e interação voltada à sociabilidade. Por meio desta proposta é possível trabalhar questões ligadas à expressão escrita, construções coletivas, compartilhamentos de recursos educacionais abertos, expressão por meio da linguagem visual etc. Neste sentido, também é necessário ressaltar que o Facebook constituiu um catalisador de informações e permitiu a mudança de uma realidade educacional por meio da página construída por uma estudante de 13 anos (Isadora Faber): “Diário de classe”, cujo objetivo era mostrar como era sua escola pública.

Ainda, destaca-se que as redes sociais online, como o Facebook, materializa o que se denomina de Consumer-Generated Media (CGM), ou seja, a possibilidade do consumidor não são elaborar como partilhar mídias, instituindo o que se denomina de prosumidor, pessoa que consome e produz e/ou modificam conteúdos.

Apesar dos benefícios apontados anteriormente, é importante também atentar para o fenômeno ligado ao êxodo da plataforma. Um artigo publicado na Cyberpsychology, Behavior, and Social Networking de 2013, aborda os principais motivos para as pessoas não só abandonarem como também apagarem seus perfis no Facebook: privacidade, uso patológico da Internet e personalidade. Inclusive, há outros pesquisadores preocupados com o tema e realizando mapeamentos para compreender como tais aspectos podem influenciar a vida cotidiana dos usuários de redes sociais online.

Outra preocupação existente refere-se ao cyberbullying, caracteriza-se como uma manifestação digital do bullyng. Este é caracterizado pela dispersão de rumores, atribuição de apelidos de cujo pejorativo ou até a violência física, levando à exclusão de uma determinada comunidade (a exemplo da estudantil trabalhada anteriormente). Do ponto de vista estudantil, o cyberbylling refere-se à agressão das vítimas pelo uso de meios digitais como as redes sociais online, postagens em blogs, e-mails etc., sendo que a dispersão desta agressão assume proporções mais elevadas que podem levar crianças e adolescentes a não suportarem a situações e não conseguirem lidar mais com as próprias vidas.

Assim, verifica-se que as formas de interação por meio de redes sociais online na sociedade contemporânea ainda requerem maiores estudos, como também um letramento que possibilite às pessoas fazerem o melhor uso destas ferramentas.


Nota do Editor: Pollyana Notargiacomo Mustaro possui graduação em Pedagogia pela Universidade de São Paulo, mestrado em Educação pela Universidade de São Paulo e doutorado em Educação pela Universidade de São Paulo. É professora da Faculdade de Computação e Informática (FCI) e do Programa de Pós-Graduação em Engenharia Elétrica da Universidade Presbiteriana Mackenzie. Tem experiência na área de Educação, com ênfase em tecnologia educacional, atuando principalmente nos seguintes temas: objetos de aprendizagem, estilos de aprendizagem, redes e mídias sociais, jogos digitais, design instrucional, plataformas de gerenciamento de cursos online, tecnologias de informação e comunicação (TICs), EAD, ciberespaço e educação, arquitetura informacional e usabilidade.

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