A taxa de desemprego subiu pelo segundo mês consecutivo nas seis maiores regiões metropolitanas do país, ficando em 10,6% em fevereiro, ante 9,6% em dezembro do ano passado e 10,2% em janeiro deste ano. No período, a renda média do trabalhador ficou em R$ 932,90. Houve um aumento de 1% em relação a janeiro deste ano e de 2,6% em relação a fevereiro do ano passado.

A alta do desemprego, conforme divulgou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira, foi puxada pelo Rio de Janeiro, com a dispensa de 59 mil trabalhadores, a metade do total que passou a procurar emprego nas regiões abrangidas pela pesquisa. Em São Paulo, Recife, Salvador, Belo Horizonte e Porto Alegre houve estabilidade na taxa de desocupação.

Na avaliação do coordenador da pesquisa, Cimar Azeredo, o aumento de 1% na taxa de desemprego no Rio foi um efeito retardado das dispensas do pessoal contratado temporariamente no fim do ano. "Movido pelo turismo, o Rio só dispensou o pessoal após o carnaval", completou Cimar.

Segundo Azeredo, a pesquisa mostra que houve uma melhora na qualidade do emprego com o aumento do número de trabalhadores com carteira assinada no setor privado. No total das regiões pesquisadas, o aumento foi de 1,5% em relação a janeiro e de 5,9% em relação a fevereiro de 2004, o melhor resultado desde março de 2002. A região metropolitana do Rio de Janeiro foi a única a apresentar queda no emprego com carteira assinada (-1,4%).

"Este resultado acarreta na queda do número de pessoas trabalhando por conta própria, que são as categorias que, teoricamente, tem um rendimento mais baixo. Então, podemos afirmar que a melhora na qualidade do emprego aumentou o poder de compra do trabalhador", destacou.