Em ano eleitoral podemos observar as diversas formas de aproximação entre os candidatos e o eleitorado. Anos atrás era via comícios em praças nos quais a população interessada ia acompanhar; depois passou a ser com o número dos candidatos impresso em panfletos, bandeiras, outdoors; neste ano, a disputa promete ser em terrenos virtuais. Para o professor Roberto Gondo, especialista em comunicação política da Universidade Presbiteriana Mackenzie, as inúmeras interfaces tecnológicas podem contribuir para fortalecer o canal de comunicação do político candidato nas eleições de outubro. Porém, mais importante do que observar as potencialidades das redes e seus milhares de pseudo amigos ou seguidores, é lembrar que o uso tecnológico dos brasileiros nem sempre transita pela reflexão e discussão política. Gondo explica que “a evolução constante das redes contribui para o gerenciamento de campanha, unindo mensagens e diretrizes com mais rapidez e eficácia”. O legislativo é mais favorecido em um ambiente de campanha porque o seu eleitorado é direcionado e apresenta um perfil pré-estabelecido, contribuindo para a identificação e contato com o eleitor. Nas eleições majoritárias, a entropia de públicos é real e dificulta o processo de planejamento de ações nas mídias digitais. “Vale observar nos próximos meses a capacidade estratégica que será aplicada nesses recursos, podendo elevar ou reduzir a aceitação do candidato frente ao seu eleitorado”, conclui o especialista.
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