O Brasil assinou em dezembro de 1998 um acordo o Fundo Monetário Internacional (FMI), com possibilidade de sacar US$ 19,6 bilhões. Duas renovações foram assinadas, em setembro de 2001 e em setembro de 2002, com valores respectivos de saque de US$ 18,3 bilhões e US$ 41,3 bilhões. Em nenhum dos casos o Brasil chegou a sacar o total. Da última revisão, foram sacados, até agora, US$ 25,9 bilhões. Desde setembro de 2003, o Brasil não efetua saques junto ao fundo. O saldo devedor é de US$ 21 bilhões, com cronograma de pagamento em três parcelas que vencem a primeira neste ano, depois em 2006 e em 2007. O pagamento está dividido em US$ 7,7 bilhões, US$ 9,2 bilhões e em US$ 9 bilhões. Segundo dados do Banco Central do Brasil, as reservas internacionais brasileiras brutas são de US$ 61,9 bilhões. Ou seja, sem o saldo devedor junto ao FMI, o Brasil tem uma reserva líquida de US$ 38,8 bilhões. A última revisão do acordo foi feita em setembro de 2003, com técnicos brasileiros e do Fundo Monetário, dentro do que se chama de acordo preventivo. Segundo o ministro da Fazenda, Antonio Palocci, a política econômica continua a seguir as metas de esforço fiscal, para dar equilíbrio às contas e para manter a dívida em trajetória decrescente. Palocci afirmou que o governo vai divulgar as metas fiscais quadrimestralmente. Segundo ele, a decisão de não renovar com o Fundo tem a ver com o superávit comercial e as transações correntes. O desenvolvimento da economia, concluiu o ministro, foi o que permitiu a não renovação do acordo.
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