13/09/2025  06h52
· Guia 2025     · O Guaruçá     · Cartões-postais     · Webmail     · Ubatuba            · · ·
O Guaruçá - Informação e Cultura
O GUARUÇÁ Índice d'O Guaruçá Colunistas SEÇÕES SERVIÇOS Biorritmo Busca n'O Guaruçá Expediente Home d'O Guaruçá
Acesso ao Sistema
Login
Senha

« Cadastro Gratuito »
SEÇÃO
Surfe
30/03/2005 - 18h07
Brasileiros não passam da 3ª rodada na Austrália
João Carvalho
 
Neco Padaratz e Marcelo Nunes ainda foram os melhores da repescagem

Depois de três vitórias na repescagem, os quatro brasileiros que disputaram a terceira rodada do Rip Curl Pro acabaram eliminados da segunda etapa do ASP Foster’s World Championship Tour 2005 na quarta-feira de ondas pequenas, mas com boa formação de 1 metro de altura em Woolamai Beach. O catarinense Neco Padaratz e o potiguar Marcelo Nunes ainda realizaram as melhores apresentações na repescagem, com Neco inclusive tirando uma nota 9,67, a maior do campeonato até ali. Antes, o cabo-friense Victor Ribas já tinha conquistado a primeira vitória brasileira do dia, porém os três e o paranaense Peterson Rosa não conseguiram superar seus adversários na terceira fase e terminaram empatados em 17º lugar na competição. O hexacampeão mundial Kelly Slater também foi barrado e a grande atração das oitavas-de-final é o desafio entre o tricampeão mundial Andy Irons com o atual número 1 do ranking, o australiano Mick Fanning, na quarta bateria desta quinta-feira na Austrália. Pelo horário de Brasília, as disputas devem recomeçar às 18 horas desta quarta-feira e podem ser acompanhadas pelo www.aspworldtour.com.

A terceira rodada do Rip Curl Pro foi inaugurada na segunda bateria, pois depois de registrar a maior pontuação na última bateria da repescagem (17,34 pontos), o potiguar Marcelo Nunes acabou escalado na primeira com o australiano Luke Egan. O brasileiro manteve o mesmo ritmo da fantástica vitória sobre o sul-africano Greg Emslie com notas 9,17 e 8,17 em suas duas melhores ondas. Contra Egan, ele abriu a bateria com uma nota 7,67 e o veterano australiano respondeu com um 7,5. Em suas segundas apresentações, Luke recebeu nota 6,33 e Nunes continuou na frente com uma nota 7,70. Só que o australiano destrói uma longa esquerda e recebe nota 9,60 dos juízes. Os brasileiros protestaram, achando que supervalorizaram mais uma vez as ondas do australiano, assim como já haviam feito para o mesmo na última onda que ele pegou para virar o resultado contra o catarinense Jean da Silva, terça-feira na repescagem.

PROTESTOS E ABANDONO - Os dois vieram numa outra boa série que entrou há 8 minutos do fim da bateria. Nunes continuou variando as manobras para cumprir o novo critério utilizado no julgamento e com batidas, floaters, rasgadas, recebeu 8,60 pontos, mas na onda de trás Luke Egan usou sua característica força nas manobras e ganhou 8,37 pontos. O potiguar não se conformou, gesticulou com sinais de protesto para os juízes, jogou sua prancha no mar com raiva e abandonou a bateria, que acabou definida por uma pequena diferença: 17,97 x 16,30 pontos. Marcelo Nunes teve que se contentar com a 17ª colocação no Rip Curl Pro, recebendo 4.500 dólares e 410 pontos, enquanto Luke Egan seguiu para completar a primeira oitava-de-final.

"O critério de julgamento mudou, mas parece que não mudou, porque a gente dá batida, floater, rasgadas, aéreos e os gringos só vem dando batida e tiram notas maiores", protestou Marcelo Nunes, momentos depois em entrevista na transmissão on-line do www.aspworldtour.com. "A gente até comenta que parece que o critério só mudou para nós brasileiros. Eu acho que existe muita discriminação contra nós. Estou só há quatro anos no WCT e já vejo isso, imagina como sofreram os outros brasileiros que estão há muitos anos nessa batalha. Só que não adianta reclamar mais, tem que jogar o jogo deles. O Renan Rocha virava a bateria contra o Sunny Garcia na repescagem na última onda dele, mas os juízes também não deram. Estou há 4 anos no circuito e não consigo passar da terceira fase? Quer dizer, até ganho, mas eles não me deixam passar, como fizeram hoje aqui com as notas que deram para o Luke Egan", lamentou Marcelo Nunes.

NOVOS RECORDES - Na bateria seguinte, o norte-americano Cory Lopez ampliou o recorde de maior pontuação do campeonato, que era de 18,50 pontos do seu compatriota Damien Hobgood. Com notas 9,00 e 9,63 em suas duas primeiras ondas, Lopez totalizou 18,63 pontos de 20 possíveis. Já o recorde de maior nota do catarinense Neco Padaratz (9,67) foi batido pela segunda onda surfada pelo australiano Joel Parkinson, que recebeu nota 9,80 para despachar o brasileiro Victor Ribas na nona bateria da terceira fase com um largo placar de 17,47 x 14,17 pontos.

Antes, o paranaense Peterson Rosa parecia ainda contagiado pela derrota injusta do companheiro Marcelo Nunes e não mostrou sua garra habitual na revanche contra o australiano Dean Morrison, que já o tinha derrotado na bateria inaugural do Rip Curl Pro 2005 em Phillip Island. Morrison venceu de novo, desta vez por 15,40 x 9,00 pontos. A última esperança de classificação do Brasil para as oitavas-de-final ficou então para o catarinense Neco Padaratz, que enfrentou o campeão do último Nova Schin Festival WCT Brasil em Santa Catarina, Taj Burrow, na 15ª bateria da terceira fase, a penúltima da quarta-feira.

DESPEDIDA DO BRASIL - No início, os dois foram se revezando na liderança a cada onda surfada, até o australiano receber notas 7,5 e 7,83 seguidas nos 10 minutos finais do confronto. O bicampeão mundial do WQS ainda tentou quatro vezes conseguir os 8,83 pontos que precisava para reverter o placar e chegou muito perto em sua última onda, porém os juízes lhe deram nota 8,07 e o resultado acabou definido por uma pequena diferença: 15,33 x 14,57 pontos. Com isso, assim como ocorreu na primeira etapa do WCT 2005 na Gold Coast, o Brasil não passou da terceira fase também no Rip Curl Pro. Neco Padaratz, Peterson Rosa, Marcelo Nunes e Victor Ribas ficaram em 17º lugar na prova, com cada um recebendo 4.500 dólares e 410 pontos no ranking.

SLATER TAMBÉM ESTRANHA - Mais uma vez, os brasileiros não se conformaram com outra derrota decidida por décimos. Lembraram da nota dada para o australiano Luke Egan virar o resultado contra o catarinense Jean da Silva na última onda, da nota mais baixa para o paulista Renan Rocha não conseguir superar o havaiano Sunny Garcia também em sua última apresentação e principalmente da nota 9,60 dada para Luke Egan no confronto contra o potiguar Marcelo Nunes na terceira fase. O hexacampeão mundial Kelly Slater também estranhou a nota recebida em sua última onda, que até o seu adversário, o jovem australiano Bede Durbidge, acreditou que dava para ele ter virado o placar. Slater precisava de 8 pontos, mas os juizes lhe deram nota 7,93 e o resultado apontou vitória de Durbidge por incríveis 17,23 x 17,16 pontos.

"Às vezes isso acontece. Eu tirei um 9,23 numa onda difícil que estava fechando e sabia que precisava de um 8, mas eles acharam que a onda valeu 7,93. É estranho, mas acontece", disse Slater, mostrando-se muito desapontado em ser eliminado ainda na terceira fase. Já o jovem estreante Bede Durbidge era só alegria. "Este é um grande resultado para mim, especialmente surfando contra meu surfista favorito", disse o australiano, que havia perdido para Slater na Gold Coast. "Eu nem consigo acreditar nisso. Eu vi toda a sua última onda, achei que foi realmente uma boa onda e até achei que ele poderia ter virado", admitiu.

OITAVAS-DE-FINAL - Além dele, outros dez australianos aparecem entre os dezesseis classificados para as oitavas-de-final do Rip Curl Pro. Dois deles se enfrentam na primeira bateria: Luke Egan x Richard Lovett. Na segunda, o confronto será entre os dois surfistas que registraram as maiores pontuações da quarta-feira: os norte-americanos Cory Lopez (18,63 pontos) e C. J. Hobgood (18,34). Depois, tem o ex-recordista Damien Hobgood (18,50 pontos na primeira fase) contra Dean Morrison, com o esperado confronto entre o havaiano Andy Irons e o australiano Mick Fanning fechando a chave-de-cima do evento.

A de baixo, que vai apontar o segundo finalista, será inaugurada com mais uma disputa australiana entre Joel Parkinson e Daniel Wills, que barrou o vice-campeão da primeira etapa na Gold Coast, o californiano Chris Ward. Na sexta oitava-de-final, o australiano Darren O’Rafferty pega o estreante Frederick Patacchia, do Havaí. E as oitavas-de-final serão encerradas com mais dois confrontos entre australianos: Trent Munro x Bede Durbidge e Taj Burrow x Troy Brooks.

PUBLICIDADE
ÚLTIMAS PUBLICAÇÕES SOBRE "SURFE"Índice das publicações sobre "SURFE"
02/06/2017 - 08h50 Surfista se prepara para competições nacionais
26/11/2015 - 12h09 Maresias recebe o VII Black BeltChallenge de Surf
12/11/2015 - 10h04 Pâmella Mel estreia no Circuito Brasileiro
08/02/2014 - 07h12 3ª etapa do Encontro Paulista de Escolas de Surf
29/01/2014 - 10h02 Pâmella Mel, 8, uma surfista prodígio
12/01/2014 - 10h01 2ª etapa do Encontro Paulista de Escolas de Surf
· FALE CONOSCO · ANUNCIE AQUI · TERMOS DE USO ·
Copyright © 1998-2025, UbaWeb. Direitos Reservados.