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SEÇÃO
Ciência e Tecnologia
02/05/2014 - 18h01
Muito mais que uma folha de papel
Cristina Dittgen
 

Com o crescimento do uso dos tablets e de outras tecnologias nas escolas, espalhou-se em muitos círculos o senso comum de que o caderno cairá em desuso. O objetivo deste texto não é debater as vantagens e desvantagens que os novos dispositivos digitais apresentam para o aprendizado da criança, ou o que os pedagogos indicam ou não. A ideia é lançar uma questão: por que uma tecnologia precisa deixar de existir para que outras se afirmem?

Este questionamento não é de agora e nem exclusivo do meio-papel. Há muitos outros exemplos, como a invenção do cinema, que, para muitos, mataria o teatro. A história nos mostra que o teatro existe, em formas variadas, desde a Antiguidade. Tudo indica que começou como dança dramática coletiva, possivelmente associada a fenômenos naturais, como trovões ou chuva. Já o cinema foi oficialmente apresentado em 1895, no Salão Grand Café, em Paris, quando os irmãos Lumière fizeram a primeira apresentação pública de sua nova invenção: o cinematógrafo. Mais de cem anos se passaram, o teatro está aí e o cinema, idem. A TV é outro excelente exemplo. Hoje, ela conta uma programação variada, com canais de filmes, seriados, desenhos, músicas... E, mesmo assim, nem o cinema nem o rádio deixaram de existir, como muitos preconizavam. O rádio, aliás, ganhou nova força por conta dos engarrafamentos nas grandes cidades...

O caderno, nos dias de hoje, não é somente um item no material escolar. Ele se transformou em acessório de moda e de estilo. Crianças, jovens e adultos compram aqueles que se identificam mais, que se ligam à sua personalidade. E é por isso que todos os anos são lançadas novas linhas: para acompanhar as tendências e gostos das pessoas. Afinal, em meio à globalização pasteurizante, os jovens querem tudo personalizado. Não há como todos aderirem ao tablet e atirarem o caderno à lata de lixo da história. Seria como pedir que todos gostassem apenas da cor vermelha; um mundo em que cada um quer, cada vez mais, usar, vestir, imprimir a sua marca em tudo.

Tecnologia é boa e facilita muito as nossas vidas, mas o tablet não é substituto do caderno. Enquanto as crianças ainda precisarem treinar sua caligrafia; enquanto as pessoas ainda sentirem prazer ao desenhar com lápis e papel; enquanto os jornalistas precisarem deles para suas anotações, ou, até mesmo, enquanto o escritor precisar de uma folha de papel para se inspirar, eles continuarão existindo. Com ou sem tablets.


Nota do Editor: Cristina Dittgen é gerente de Marketing da Credeal, empresa fabricante de cadernos.

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